sábado, 29 de setembro de 2012

Mudanças

Quantos amores você achou que seriam definitivos? Quantas vezes achou que não fosse aguentar uma queda e no final sofreu só alguns arranhões? E quantas vezes você achou que não era nada e na realidade significava muito? A verdade é que você nunca sabe o quanto pode aguentar e quase sempre se surpreende. Mudanças servem pra te ensinar a sorrir mesmo perdendo muito e não sabendo o que fazer com o que ganhou.

Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias.
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Liberte-se

Recebi um email que me fez rir muito. Ele faz as contas, de mais ou menos, quanto uma mulher gasta para se produzir para um “encontro”. Levando em conta todas as loucuras que algumas são aptas a fazer, como por exemplo entrar no cheque especial só para comprar um vestido novo, as contas ($$) chegam a um número que pagaria uma prestação de um carro zero.
No fim do email, a autora (que não me lembro o nome), alerta o risco de às 21h, depois de gastar a alma, o cara ser um babaca e desmarcar com você. Foi exatamente isso que me fez rir muito.
O texto não me fez muito efeito, e fiquei um tempo tentando lembrar a última vez que me produzi para alguém. Foi mais fácil lembrar do último babaca que desmarcou comigo, do que o último babaca que me fez marcar um salão de última hora pra ficar bonita pra ele. Nunca dei a minha alma no cartão de crédito para um “encontro”. Sendo sincera, já vendi a minha alma em um “desencontro”. E valeu muito, mas muito mais a pena.
Existem dias que o cabelo acorda Maria Bethânia, o armário briga com a gente e nem muito pó compacto resolve. Mas são nesses dias, vestindo o jeans velho e confortável, usando um rímel bem leve pra tirar a cara de morta e sem muita pretensão, que alguém aparece. Quando você menos espera, e sem horário marcado, as coisas acontecem.
Eu gostaria que todas as mulheres pensassem assim, e parassem de se matar ($$) pra uma noite ser especial. Um vestido novo não vai mudar a noite. Mesmo porque, raciocinem comigo: ele não conhece todos os seus vestidos velhos. Ele mal sabe o siginificado de um pó compacto, e é bem capaz que ele tire todo o seu blush do rosto, quando te beijar. Você ainda pode dar a sorte dele ser fã da Maria Bethânia. Essa última parte foi só brincadeira. Eu realmente espero que ninguém conheça alguém que goste de Maria Bethânia.
Sejamos menos bitoladas e mais realistas. Desmarcar encontros é normal e faz parte de um dia que esteja rolando um jogo entre Atlético e Cruzeiro, por exemplo.
E vai ser exatamente nesse dia, que revoltada com tamanha “falta” de consideração, que seu pouco rímel nos olhos, seu jeans velho e seu cabelo Maria Bethânia, vai te levar para um desencontro dez vezes mais interessante. Pode acreditar em mim.

Marcella Brafman é jornalista e mineira. Sofre de imaginação fértil e só passa escrevendo. Vive a vida Sem Clichê.

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domingo, 23 de setembro de 2012

Anacrônico


Estou de salto. Passei maquiagem e até coloquei aquele vestido que você elogiou uma vez. Desobedeci meus pais. Deixei de lado minha última promessa. Quebrei meu cofre. Olhei no espelho antes de pegar a chave, e vi no reflexo o quanto mesmo depois de tanto tempo, você ainda me fazia ficar parecendo uma boba.
Desci as escadas e lá estava você. Vestindo a blusa que dei de aniversário em 2008. Exatamente com o mesmo sorriso que deixei. Caminhamos alguns minutos por aquela rua meio deserta que fica perto aqui de casa. Lembrei de todas as vezes que ficamos sentados ali na calçada conversando. Que saudade da sua voz. Que saudade do seu perfume no ar misturado com o meu.
Falamos de trabalho. Faculdade. Da viagem. Das suas garotas e dos meus novos amigos gays. Minha vontade era de calar sua boca, porque cara, ouvir sobre seu presente e lembrar que fiquei no passado era uma droga. Mas você gosta de mostrar o quanto sua vida mudou. Tudo bem. Eu aguento. Mais alguns passos. Mais algumas risadas. Chegamos.
Sabia que sair naquela sexta não era uma boa ideia. A cada coisa que dava errado enquanto eu aprontava, tipo achar meu sapato e o secador, tinha mais certeza disso. Mas eu sou teimosa e nem ligo pra essas coisas. Iria até de pijama. Não pense que pirei. Eu só precisava saber até onde eu ainda iria por você.
Aquela multidão me fazia querer te abraçar. Eu odeio multidões e música alta. Mas eu amo você. Poderia jurar então que não estava tocando funk. Jurar que as pessoas ao nosso redor nem existiam. Eu só tinha olhos para os seus olhos. Como eles brilhavam. E eu sentia que um terremoto estava prestes a acontecer toda vez que você chegava mais perto. Diz no ouvido. Não tô ouvindo. Diz com a boca, mas diz na minha, porque é assim que vou entender tudo de mais importante que você tem à dizer.
Uma bebida. Sua barba. Luzes piscando. O xadrez da sua blusa. Roda gigante. Seus olhos. Alargador. Mãos na cintura. Poeira levantada. Sua boca. Minha boca. Nossa respiração. Foi.
Mesmo tendo vivido tanta coisa longe um do outro, algo ainda me conectava em você. Eu nem precisava contar nada. Sabíamos só de olhar. Independente das outras mensagens da caixa de entrada. Independente de onde estaríamos no próximo final de semana.
Lembro que você me perguntou como seria depois e eu chorei. Você levantou meu rosto com os dedos e perguntou porque eu estava triste. Eu te olhei e respondi que não era tristeza. Era alívio. Por saber que ainda existe alguma coisa no mundo que faz meu corpo tremer.
Nos abraçamos e ficamos conversando o resto da noite. Até você me deixar na porta de casa. Até eu te perder de vista na esquina. Deitei na cama do mesmo jeito que cheguei. Bati porta, ignorei broncas e deixei a luz apagada. Fico imaginando como seria voltar no tempo. Como se isso fosse mudar alguma coisa. Colocar a culpa no destino parece tão fácil quando o que falta mesmo na gente é coragem. Mas tudo bem. Em algum momento eu me perderia daqueles pensamentos e dormiria. No outro dia tudo fica menos complicado. Não é assim? Pra gente não.
Antigas lembranças nos levam para antigos lugares. Antigos lugares nos levam para antigas escolhas. Dúvidas são sempre uma merda.
Sabe aquela maldita sensação que fica quando um filme de comédia romântica acaba? Aquela que vem depois do “felizes para sempre”. The End. É exatamente assim que me sinto toda vez que a gente se vê. Sei que é pra sempre, mas sei também que mesmo assim, acabou.

Bruna Vieira escreve, fotografa e tuíta. Às vezes, tudo ao mesmo tempo e sem parar.
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

I was enchanted to (almost) meet you


digamos que faz 5 anos que você é fã de algum artista. e você jura pra você mesmo que quando esse artista vier em seu país, você vai no show nem que seja a pé e escondido dos pais. pois bem, a Taylor está no Brasil nesse momento e eu não fui ao show. quebrei a promessa que eu fiz à mim mesma na minha infância, me sinto mal por isso, e pior ainda por ter perdido o show, que mesmo sendo promocional e com tempo apenas de 30 minutos, já foi um show. sem fotos com ela, sem autógrafos, sem ver ela. mas tudo bem minha  vez ainda vai chegar.







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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Eu que não amo você.


Hoje por acaso ouvi na rua aquela música que me fazia pensar em você. Mas você nem chegou a saber dessa porque foi na época em que você foi embora mesmo. Me lembrei então das muitas tardes que passei remoendo acontecimentos, buscando respostas e ensaiando discursos. Pensei em quanto tempo se passou desde que fomos felizes, se é que nós fomos. E em como era acostumada a viver esperando um sinal de que você ainda se lembrava de mim. Ouvi a musica até o fim, recordando cada verso que eu jurava fazer sentido pra nós dois naqueles dias. Lembrei de como eu guardei você comigo tanto tempo e de como acreditava te amar no sentido mais puro e verdadeiro que isso pode ter. E quer saber? Soltei uma sonora gargalhada. Aquela musica, aquelas lembranças agora tão patéticas não faziam mais sentido algum. Porque depois de um certo tempo eu percebi que não se tratava de sentir falta de você, tratava-se apenas de estar cultivando um sentimento desnecessário e sem rosto em mim. Quando finalmente me toquei e deixei o que pensava ser "você" pra trás, percebi o quanto eu mesma já estava forte e muito bem sem seus julgamentos e ciumes. Percebi que agora eu sou capaz de me virar, de não entregar meu tempo e meu amor a qualquer um e que a minha vida mudou pra muito melhor desde que você se foi. E sabe, num pensamento quase alheio a mim mesma e tipico de toda mulher, descobri também que: além de tudo isso, meu atual namorado beija muito melhor que você.

Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias. 
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A lot like love


No filme "De repente é amor", o título não me chamou muita atenção, ultimamente to tentando fugir de tudo que envolve amor, casais felizes melação e blá blá, MAS como o ator principal é o Ashton Delicious Kutcher, e na trilha sonora tinha uma música do Bon Jovi, vi que podia valer a pena assistir esse filme.

Oliver e Emily se conhecem por acaso, e de acaso em acaso e sem grandes expectativas de um futuro feliz, a história vai acontecendo. Me ensinou a nunca planejar a vida, e acreditar "na capacidade que a vida tem de me satisfazer", como diria Dias de Truta. Deixar as coisas irem acontecendo, sem esperar que aquilo se torne uma história de amor com final feliz e tudo isso. Nunca esperar nada de ninguém que você sempre vai se surpreender. 

Quem sabe qualquer dia o Ashton não aparece na porta da sua casa cantando "I'll be there for you these five words I swear to you" ? hahahhahah





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Cartas para a minha auto estima


Vou tentar ser direta, falar sem rodeios e com calma para não te machucar mais. Escrevo essa carta, minha amiga, para combinar algo sério: a partir de hoje, só nos abalamos por coisas importantes, fechado?
Esqueça aquelas crises idiotas de quando a calça jeans aperta um pouco, o ex namorado arruma uma mais bonita ou na praia tem setenta mulheres com mais bunda que eu. Chegou a hora da gente crescer.
Eu sei que com autoestima não se brinca, e por isso, prometo não aumentar o tom de voz. É que a minha vontade era mesmo te contar que às vezes você é uma grande filha da puta. Vamos ao shopping, compramos roupas carérrimas, nos preparamos para a festa, e quando chego lá, contando que você esteja lá nas alturas, percebo que você não é nada exigente, e acaba me entregando para o primeiro mais ou menos que oferece o ombro. Chega, beleza? Paramos com isso. Não dá mais.
Agora só se valer muito a pena. Agora, amiga montanha russa, só com a aprovação do cérebro. Que, aliás, já foi devidamente avisado para em caso de festa, boate ou primeiros encontros, ser um pouco mais esperto.
Quero pedir para você não oscilar tanto. Nem muito alta, porque gente arrogante é chata, e nem muito baixa, porque lugar de gente triste é debaixo do chuveiro. Eu quero uma autoestima em equilíbrio. É isso: quero me dar mais valor.
Estamos combinadas?

Marcella Brafman é jornalista e mineira. Sofre de imaginação fértil e só passa escrevendo.

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Sobre o medo de ser normal


Leio muitas crônicas pela internet. E nessa, eu vejo muitas, mas muitas meninas mesmo, descrevendo o quanto elas são diferentes das outras e o quanto elas se sentem melhor sendo diferentes do que fazendo o que todo mundo faz. Eu pensava muito assim até um tempo atrás. 

Quando eu era bem criança e ouvia a Avril Lavigne cantando "anything but ordinary", eu concordava. Um tempo depois, quando eu estava com 14 anos, andava quase fantasiada de Kurt Cobain e me enfurnava em casa enquanto minhas amigas saiam, eu também gostava de dizer que "eu não preciso fazer essas coisas", "ai, eu sou diferente delas", "eu tenho meu próprio estilo, nunca andaria vestida assim igual a todas as outras". 

Mais um tempinho passou e no começo do ano passado, a minha promessa de ano novo foi que eu diria "sim" ao que aparecesse pra fazer sem ficar me impondo limites. E deu certo. 

De alguma forma eu percebi que talvez eu me afastasse e julgasse todo mundo por simples medo de cair no lugar comum. E é o que eu vejo as vezes, será que não tem gente aí com medo de experimentar o "normal" e gostar disso? 

Quando eu comecei a me desapegar desses rótulos, muita gente achou que eu tava "virando piriguete", que eu "tava ficando com mal gosto", que eu tinha mudado e tudo mais, mas sinceramente? Eu continuo sendo a unica garota de cabelo rosa na minha sala e nas festas, a unica garota de vestidinho e salto que tem um piercing dentro da boca e a unica que sabe cantar Queen quando toca acidentalmente na balada. Eu continuei sendo "a única" no meu gosto e estilo, o que em nenhum momento me impediu de sair, socializar e agir normalmente como todo mundo age, e... me divertir! 

O que eu quero dizer é que não é só porque você é fã do nirvana e seus amigos preferem Katy Perry, que se você ouvir uma musica dela com eles você vai estar traindo seu "movimento grunge" (que só existe na sua imaginação, sinto informar tá?), ou que só porque você prefere usar tênis em vez de salto, seu all star vai fugir de você no dia que você resolver botar um sapato. 

Não se julgue uma coisa só! Ou melhor, não se julgue uma coisa tão rasa! Será que que você é tão fraca nos seus conceitos que não aguenta conviver com outros? Ou será que você quer tanto ser de um jeito que tem medo de descobrir que é de outro? Pois pode ficar tranquila: quando você realmente é uma coisa, não precisa se esforçar pra ela aparecer, fica escrito na sua testa sem você saber. 



Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias.
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

don't wait till the finish line

     

to make a mountain of your life, your life is just a choice, but I never learned enough, to listen to the voice that told me always love! hate will get you every time.. always love! don't wait till the finish line..


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