domingo, 25 de novembro de 2012

Sobre o tempo do amor

"Quero deixar claro que eu acredito (e muito) no amor. Acho, mesmo, que existem amores que duram uma vida inteirinha. Ou o tempo que precisam durar. Porque certas coisas não são eternas, não. Mas duram o tempo certo. Só porque terminou não quer dizer que deu errado. As pessoas têm a mania de achar que se acabou é porque tudo foi perdido. Discordo. Qualquer relacionamento, bom ou ruim, traz experiência e maturidade emocional. Só que os romances duram o tempo que precisam."

Clarissa Corrêa
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O impulso em prol da mudança

Este primeiro arcano representa a síntese de seu momento afetivo. Uma carta que serve como prévia dos principais aspectos que cercam a questão. Descubra nesta posição o potencial básico do que perguntou.
O Pagem de Paus como significante central de sua questão afetiva sugere seu grande desejo de mudança, Paula, todavia se trata de um desejo sem muita praticidade, como se você ficasse esperando que as coisas acontecessem, ao invés de tomar atitudes objetivas. De todo modo, trata-se de uma percepção de que as coisas não podem continuar como estão e que demandam transformações. É como se você paulatinamente tomasse consciência dos pontos que precisam ser modificados e começasse – lentamente, vale dizer – a se mover na direção devida. Você provavelmente está sentindo uma grande inquietação ou até mesmo uma sensação de insatisfação, mas talvez estes sentimentos ainda não sejam suficientemente fortes para lhe levar a atitudes resolutivas. Tudo tem seu tempo certo.

Meu tarot me dando o melhor conselho e me ajudando nesse momento de decisões que podem ter muitas consequências..
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Promessas matrimoniais


Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. “Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?” Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.
Sobre a autora: Martha Medeiros (Porto Alegre, 20 de agosto de 1961) é uma jornalista e escritora brasileira. Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
Casou-se com o publicitário Luiz Telmo de Oliveira Ramos e tem duas filhas. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, tradicional de Porto Alegre, localizado nos arredores do bairro Moinhos de Vento. Formou-se em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.
Trabalhou em propaganda e publicidade, mas logo se sentiu frustrada com a carreira. Quando seu marido recebeu uma proposta de trabalho no Chile, decidiu que uma mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão. Esta estada de nove meses no Chile, na qual passou escrevendo poesia, acabou sendo um divisor de águas na sua vida. Quando voltou para Porto Alegre, começou a escrever crônicas para jornal e, a partir daí, sua carreira literária deslanchou.
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O primeiro mês (com você)


Sou do tipo de garota que vive falando de amor. Como dizem, ro-mân-ti-ca. Escrevo sobre esse tal sentimento louco pelo menos uma vez por dia. Mas nem sempre tudo é tão lindo e concreto como parece na maioria dos meus textos. Confesso que nos últimos meses andei desacreditando das minhas próprias teorias. Voltei atrás e segui em frente tantas vezes que até perdi a conta. Minhas amigas nem devem mais me levar a sério. Meus desabafos eram tão contraditórios que em alguns momentos, até eu duvidei de mim mesma. Aquela maldita sensação de fragilidade me tornou tão vulnerável e indecisa nos primeiros meses. Bastava meia dúzia de palavras ou sei lá, um filme desses de comédia romântica com final feliz, e lá estava eu olhando pela janela e desejando que Deus colocasse alguém na minha vida. Alguém que eu pudesse confiar de verdade, apesar da minha mãe dizer que só podemos sentir isso por membros da família.
Eu não queria mais um cara perfeito. Aliás, minha experiência com caras assim foi totalmente frustrante. Dos que conheci, ou eram gays ou eram ocos. Nada contra garotos assim, mas é que meu coração além de besta é exigente. Não queria ter que passar por essa fase de amores platônicos aos 18 anos. Dos problemas da minha nova vida, já me bastam os que aparecem a cada minuto na caixa de entrada do Gmail.
Meu sonho de consumo era alguém que se importasse de verdade. Simples assim. Depois de tanto embarcar e desembarcar por aí, conhecer e conversar com pessoas completamente diferentes, percebi que meu amor não dá a mínima para estereótipos e opiniões alheias. O cara que me ganhou, aos pouquinhos, é um garoto mais novo que veio por coincidência, do mesmo lugar que eu: da terra dos que sonham alto e bem cedo. É você.
Demoramos alguns meses para compreender. Duvidei dos meus sentimentos e fiz promessas que foram quebradas com um simples apertar de botão do teclado. Virei madrugadas e bati meu próprio recorde em duração de chamada telefônica. Disse aquelas palavras e logo depois da sua atitude infantil, deixei o tempo me guiar e até me escondi no passado. Perdi (ou será que joguei fora?) o mapa e andei em círculos até perceber que não tem como driblar o destino.
Nos últimos meses as coisas mudaram. Você mudou. Sinto orgulho por fazer parte disso, e como você mesmo já disse, ser uma das grandes causas. Acredito que lá na frente, juntos ou separados, vamos nos lembrar com muito carinho dessa época. Quando desconhecíamos essa cidade cinza. Quando nos conhecemos de verdade. Com defeitos, manias e lembranças. Como amigos, como namorados, como amantes. Eu tenho mil motivos para te achar o cara mais idiota do mundo (quando você está com sono ou no meio de desconhecidos ainda mais que isso), mas cada vez que te vejo, sinto que sua presença se torna fundamental para um dia realmente feliz e inesquecível.
É isso. Obrigada por tudo que você tem me ensinado. Sobre a vida, sobre internet, sobre o amor. Obrigada também por me deixar te ensinar tanta coisa. Meus sonhos e certezas, quando compartilhados com você, se tornaram ainda mais reais. Feliz um mês de namoro.


Bruna Vieira, e como eu vou estar daqui a algum tempo =)
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ogrodoce


Você voltou rápido do banheiro. Eu só fui cuspir o chiclete. Por que não cuspiu nessa catarreira aí do lado? Porque isso é um troço de botar velas. Eu tomei uma garrafa inteira de vinho, acho melhor ir pra casa. Acho que você deveria ficar. Acho que se eu ficar, vou querer ver seus peitos. Agora não rola, tem criança aqui.
Olha bem: é uma anã. Eu não gosto da minha bunda. Sua bunda é bonita, você é toda bonita, bonita normal, mas seus peitos são internacionais. Eu gostei da sua calça molinha, dá pra sentir exatamente como é o seu pau. Você não quer sentir ele na boca? Quero, assim que as crianças forem embora. Olha bem: é uma anã. Não é. Mas ela tá fumando. Meu Deus, é mesmo uma anã. Então chupa meu pau? Espera, vamos pra minha casa? Você vai me levar pra sua casa? Só se você prometer que não vai me matar. Eu prometo, até porque tô sem tempo hoje. Se você fizer assim eu não vou conseguir dirigir. Dirige assim, quero ver. Não posso bater o carro, eu vou vender o carro na quarta. Tá perto? Eu tô com muito tesão. Eu também. Mas eu tomo um remédio que mexe com a minha libido, tô achando estranho tanto tesão. Eu não tomo nada mas deveria porque eu não durmo. Dorme na minha casa. Você disse que odeia que durmam na sua casa. Mas eu gosto de você. Eu gostei do seu cheiro. Do meu cheiro ou do perfume? Não sei. Eu gostei de você porque você é meio ogro, meio doce, você é ogrodoce. Você está tão sensual agora. Só agora? Só. Mas estamos juntos desde as seis da tarde e só fiquei sensual agora? Só. Mas eu te fiz rir das seis da tarde até agora. Macaco de circo não é sensual, é divertido, é legal, mas não é sensual. Eu sempre achei que ser engraçada era meu ponto forte. Não é. (________). Você ficou mal com o que eu falei? Muito. Por quê? Porque sem fazer piada eu não sei fazer mais nada. Então chupa meu pau. Tenho nojo sem estar apaixonada. Então se apaixona. Tá. Chegamos? Sim. Legal aqui, pequeno mas legal. E se eu falar o mesmo de você? Vai voltar a fazer piada? Eu não consigo parar. Para só um pouco, só um pouco. Vou tentar. Se desarma, vai. Vou tentar. Posso ver agora? Pode. Posso tirar a calça? Pode. Então tira a bota antes, botas são complicadas. Tiro. Você só me obedece? Só. Ah não, você tá fazendo graça! Tô. Não faz graça, se entrega, fazer graça é sua defesa, não se defende, eu tô bêbado, eu não tô me defendendo. Pra você é fácil. Por quê? Porque você é homem. Homem morre de medo de mulher como você. Como sou eu? O tempo todo analisando profundidades, dando notas de desempenho para almas. Notas? É, você é a Bruna Surfistinha da profundidade. Eu quero chupar seu pau. Não, antes eu quero ver uma coisa. Pode ver. Você tá com frio? Não, eu tô tremendo porque gosto tanto de você.
Calma. Eu sei. Calma. Eu sei. Posso? Espera, deixa eu pegar a camisinha. Onde tem? Ali. Você é safada. Por que tenho camisinha perto da cama? Amanhã quando eu for embora seu porteiro vai rir e pensar "essa dona do 64 não perde tempo". Eu sou uma vadia porque vou transar com você e acabei de te conhecer? Não! É? Não. Então não. Chupa mais um pouco antes de eu colocar. (___________). Espera, devagar. Tá. Posso? Pode. Vira? Viro. Fica assim? Fico. O que foi? Doeu um pouco. Desculpa. Não. Não desculpa? Desculpo, mas não, não para. Eu posso gozar? Pode. E você? Eu vou bem, obrigada. Não faz piada agora, peloamor, eu tô quase gozando e você continua armada. Desculpa, mas me sinto sexy sendo engracada. Você é muito sexy sendo engraçada. Você disse que não. Eu menti. Adoro essa música. O que é isso? Animal Collective. Não curto essas coisas estranhas, meio eletrônicas, meio sei lá. Você tem o melhor beijo do ano, o melhor sexo oral do ano, a mão quente, a boca quente, é tudo tão gostoso. Sério que você não vai falar do meu pau? Seu pau é lindo. Eu nunca imaginei que seria tão bom. Por quê? Porque você é metidinha intelectual, nhãnhãnhã. Posso lamber sua tatuagem? Posso te enforcar um pouco? Eu dou defeito. Toda mulher dá defeito, mas você parece ser o tipo louca que dá defeito rápido. Eu já tô dando defeito. Eu vou gozar. Goza. !!!!!!!!!!!!, eu tô com vergonha. Por quê? Por causa do escândalo. Foi lindo, você parecia a Luisa Marilac falando "porra" e tomando uns bons drink na Eu-ro-pa. Eu pareço um traveco gozando? Desculpa, eu não consigo parar de fazer piada. Eu vou embora. Mais cinco, por favor? Trepadas? Não, minutos. Eu preciso ir. Por quê? Pra não ficar pra sempre. Fica pra sempre. Por quê? Porque aqui tem amor, dinheiro e tarja preta, você pode só descansar existindo, eu faço o resto todo. Tarja preta vicia. Dinheiro também. Você tá tirando onda de rica? Não, eu tô tirando onda de homem. Você é uma menininha. Perto de você eu consigo ser e você não sabe o prazer que isso me dá. Se sentir menina? Estar com um homem, eu só andei com moleques nos últimos anos. Eu sou velho? Você é bonito demais. Eu sou bonito porque você admira meu trabalho, eu não sou bonito tipo andando na rua. Você é bonito tipo andando na rua. Seus peitos são internacionais. Leva um e me deixa com o outro. Qual você quer me dar? O que tem o coração. Você vai pro Rio quando? Eu quero te ver de novo. Então, vai pro Rio. Eu tenho fobia do Rio. Eu também. Porque lá é tudo feliz mas eu me sinto sozinha.
Exatamente. Quero tanto te ver. Dá próxima vez você é que vai pagar o vinho. Mas foi você que bebeu. Não interessa. Fala "não interessa" de novo. Não interessa. Adoro sua voz. E o que mais? E sua mão quente e seu beijo calminho e intenso e seu jeito de lamber antes a calcinha pra ver se tava cheirando bem. Tava cheirando ótimo. Mas eu trabalhei o dia inteiro. Mas tava ótimo. Cheiro ou combina ou não combina. É. É. Chama um táxi. Não. Eu ficaria mais se não tivesse que arrumar as malas. Não arruma, fica pelado pra sempre, você é tão bonito pelado. Vou jogar isso fora antes que caia tudo na sua cama. Deixa cair, engravida minha solidão. Que bonito isso, você deveria ser escritora. Que cínico você, deveria ser ator. Eu ficaria mais. Eu não gosto nunca de nada e gostei tanto de você. É? Droga. O quê? Eu falando de gostar. E daí? E daí que vai acontecer tudo de novo. O quê? Vou sentir demais, falar demais, escrever demais, você vai embora. Agora eu vou embora. E depois? Depois não sei. Tá. Eu ficaria, sério, eu ficaria muito, muito, muito. Eu sei. Mas agora eu vou. Então tira o dedo dai. Não consigo. Então não tira. Eu queria foder o dia inteiro com você. Eu queria foder a vida inteira com você. Você é exagerada. É só como dá pra ser. Chupa meu pau? Pra sempre. 

Tati Bernardi, sendo perfeita, as always.
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Recado aos desapaixonados


O amor vicia. Amar faz de nós completamente tolos e drogados capazes de fazer qualquer coisa por qualquer pessoa. Quando amamos alguém, automaticamente queremos essa pessoa mais perto de nós a cada minuto da nossa rotina. Queremos que ela nos entenda mais do que a nós mesmos, apesar disso nunca acontecer (talvez seja esse o motivo das ilustres DRs). E daí vem os famosos finais de semana no cinema, ligações na madrugada, mensagens de “bom dia” ou de “bons sonhos”, apelidos ridículos, e reclamações dos nossos amigos que não se conformam com tamanha falta de tempo. É, o amor faz isso, é tudo culpa dele.
Conheço pessoas que têm tanto medo dessa droga que é incapaz até de tentar usá-la. Se dizem “não-apaixonados” natos, mas acredito que isso tenha outro nome. Insegurança. Essa história de que não é o momento de se apaixonar é uma grande hipocrisia dita por quem sofre daquele mal. Daquele famoso mal que não nos deixa ficar pendurados na janela do 21º andar, ou que nos proíbe de fazer sexo sem camisinha. O medo. É, as consequências podem ser assustadoras. O medo nos faz enxergar as coisas diferentes. É como aquela última vez que tentou começar uma dieta na segunda-feira. Disse isso na sexta, mas teve uma outra visão quando chegou segunda. É assim também. Falar que não é do tipo que se apaixona é só mais uma forma de se defender dessa (terrível) droga. Falar que não é o momento, ou que está sem cabeça pra isso, só mostra o quanto de tempo você está perdendo, em vez de tentar ser feliz logo de uma vez. E isso não quer dizer que você não seja feliz solteiro. Só quer dizer que você pode ter alguém para compartilhar a sua felicidade e vivê-la com você.
O grande problema é que a maioria dos “não-apaixonados-inseguros” não querem mudar seus status para “em um relacionamento sério”. -A vida já é séria demais, e logo a nossa diversão dos finais de semana vai se tornar séria também? Ah, não. Confundem relacionamento com posse, e qualquer sentimento que deve ser levado a sério causa um leve desespero. Mas ainda há aqueles que gostam do desafio. Gostam do desafio de se envolver, de se jogar de cabeça quando o coração fala mais alto. É uma droga tão alucinante que até os “não-apaixonados-inseguros” um dia caem na real e veem que precisam dela.
O amor não é o tipo de droga que se escolhe, ele acontece. E o acontecer é muito mais incrível do que qualquer situação tão fortemente forjada. Viver esse acontecer faz parte do nosso crescimento. É também uma das coisas que formam a nossa personalidade. Tanto para nós, quanto para as pessoas ao nosso redor.
E quem insiste em dizer que ainda não é o momento, desculpe a ousadia, mas é porque provavelmente essa droga já está te afetando. Falta só coragem para usá-la.

Caroline Fernandes
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terça-feira, 30 de outubro de 2012

26 coisas que todo homem deveria saber


Estou apenas encantada com o blog Casal Sem Vergonha, com textos descontraídos e leves, você navega horas e horas e aprende muito..

1- Mulheres que mostram demais o corpo provavelmente o fazem porque não têm mais nada de interessante pra mostrar. Se quiser investir mesmo assim, esteja ciente das consequências.
2- Seu carro não é a extensão do seu pinto. Só homens limitados acreditam no contrário.
3- Você PRECISA aprender a fazer sexo oral nas mulheres. Na dúvida, treine comendo danoninho sem colher.
4- Ligue no dia seguinte ou pelo menos envie um SMS. Sempre que for esnobar uma mulher, pense que ela poderia ser a sua irmã.
5- Atitude é o que diferencia um homem interessante de um homem medíocre.
6- Na dúvida, chegue nela. Melhor lidar com um fora do que com o fracasso de nem ter tentado.
7- Não existe essa de dar só uma entradinha sem camisinha. Pintos não têm ombro – entrou a cabeça o resto automaticamente vai junto.
8- Falando nisso, você não achou seu pinto na lata de lixo. Nunca se sinta obrigado a transar com uma mulher que não vale a pena só pra provar sua masculinidade.
9- Nunca dê um presente para uma mulher sem cartão. Ele perde 80% da graça.
10- Na dúvida, calça jeans e camiseta branca. Elas adoram.
11- Aprenda a cozinhar algo além de ovo frito. Mulheres adoram perceber que o homem gastou seu tempo preparando algo especial para elas.
12- Assim que perceber que uma mulher está fazendo charminho, fuja. Você está se livrando com antecedência de uma mulher manipuladora.
13- Se perceber que ela está com TPM não tente entendê-la. Vá pra cozinha fazer um brigadeiro e espere ela voltar ao normal.
14- Seja observador. Mulheres adoram indiretas.
15- Se tiver que escolher entre um ursinho de pelúcia ou um buquê de flores, opte por um par de sapatos.
16- Pague a conta no primeiro encontro. Não é sua obrigação, mas demonstra gentileza.
17- Desconfie de mulheres que não aceitam rachar a conta do motel. Elas, indiretamente, estão querendo que você pague para comê-las.
18- Não espere que ela peça carinho. Se adiante e faça primeiro.
19- Se tiver que optar entre malhar o corpo ou o cérebro, nunca questione – opte sempre pelo segundo.
20- Nunca goze antes dela.
21- Somente homens ruins de cama acham que sabem tudo sobre sexo. Não seja um deles.
22- Aprenda a arte de elogiar. Se você não disser que a achou linda hoje, ela nunca vai saber.
23- Nunca seja irresponsável com o sentimento de outra pessoa. Tudo o que você faz volta em dobro, como um boomerang que te acerta em cheio na cabeça.
24- Pegue-a com vontade. Beije-a com vontade. Coisas mornas não valem a pena.
25- Se sua mulher não souber fazer um bom boquete, ensine-a. Jamais se conforme em não ter direito a esse prazer na vida.
26- Aprenda de uma vez por todas que qualidade é infinitamente melhor do que quantidade. Lembre-se disso da próxima vez em que encher a boca pra contar pros seus amigos “quantas minas pegou na balada”.
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Conselho aos desesperados por um par: continuem sozinhos


A vida é realmente muito melhor com companhia. Mas, aqui vem a regra de ouro – tem que ser com a companhia certa. O mundo está cheio de gente desesperada para namorar, casar, noivar, ou para conseguir um cobertor de orelha qualquer que o aqueça neste inverno. E está cheio de gente frustrada, reclamando aos quatro ventos que não serve para essa coisa de relacionamentos.
Bem se vê que não serve mesmo, já que saiu por aí escolhendo qualquer um. Aí vai uma dica. A modernidade trouxe um montão de coisas bacanas para gente. Eu não saio de casa sem meu celular, consigo encontrar qualquer endereço fazendo uso de um GPS, e falo com amigos em outro continente sem pagar nada em ligações pela internet. Mas eu diria que, no mundo dos relacionamentos, o grande avanço da modernidade foi a tal da ficada.
Quando eu tinha lá pelos 12 anos, surgiu essa coisa nova chamada Ficar. Pais tremiam na base, professores não sabiam o que era direito e, na dúvida, era melhor não incentivar. Mas que grande ganho para a humanidade! A partir daquele momento, o namoro não era mais o momento em que você conhecia uma pessoa para ver se ela servia ou não. Até porque, apresentar para os pais, os amigos, para os contatos do Facebook, sem nem saber direito se a pessoa vale a pena ou não? Hoje parece estranho, mas era o normal da época em que namoro era dar as mãos no sofá com a supervisão do pai na sala de estar da casa dela.
Agora, a vida não é mais tão complicada assim. Na maioria das vezes, a palavra namoro só aparece tempos depois do primeiro beijo. Por isso que eu não entendo quanta gente abre seu coração, entrega a vida, namora e faz planos, com quem não merece. E pior: com quem é descaradamente a pessoa errada para o indivíduo confuso em questão. Todo mundo aqui já passou pela situação de conhecer o namorado/namorada do amigo e pensar na hora: Mas como esses dois foram achar que combinam? Pois é culpa daquele velho desespero.
Na nossa sociedade, aquela mesma que promoveu o Ficar lá atrás, ser sozinho é sinônimo de ser fracassado. Chega aquele churrasco de comemoração de dez anos do seu colegial. Imagine a cena: todos os seus amigos casados, metade deles com filhos, carreiras brilhantes, tudo definido e você sozinho? Soa mal, soa bem mal. Mas não tem que ser assim. Afinal de contas, sua vida é pra você, e, como diziam nossas mães, ninguém paga suas contas.
Portanto, aqui vai minha grande sugestão para os corações solitários à busca de um amor. Continue sozinho. Tire um ano sabático de sua vida amorosa. Continue solitário assim até achar alguém que mereça fazer com que você desista disso. A vida de solteiro tem suas vantagens, e a maior de todas é que o mundo todo está aberto em uma grande possibilidade bem diante dos seus olhos. Tem algo de mágico em imaginar que a próxima esquina pode ser o lugar onde você vai conhecer a mulher ou o homem dos seus sonhos, e viver aquela grande aventura com que todo mundo, lá no fundo, fantasia. Só não saia distribuindo passagens por aí e depois reclame que a viagem não foi grande coisa. O meu mundo não é lotação, é área VIP.

Vana Medeiros
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Será que sou a única idiota do mundo?


Olho para a pilha de papéis que devo ler e anotar em vermelho e penso: caguei. Preferia umas cem vezes te ver saindo do banho novamente, limpo de mim. Pronto pra se sujar de mim novamente. Aí olho para essa pilha de livros que ensinam a roteirizar e penso: grande merda. Prefiria repassar pela milésima vez o roteiro que começa com você me beijando mais intenso, evolui pra você me beijando mais pra baixo e termina com você me beijando já sem forças.
Daqui a quarenta minutos chega o Paulão, meu personal. Mas eu olho para a minha roupinha de ginástica esticadinha em cima da cama e penso: foda-se. Preferia ouvir você dizendo de novo: vai, é sua vez de malhar. Preferia me irritar de novo com a sua preguiça de ficar em cima.
Chegou um e-mail com a programação completa do meu curso de yoga. Chegou outro com uma planilha de Excel cheia de datas que eu devo cumprir. Chegou outro com a mais nova modalidade de assalto na Henrique Schaumann. Grande bosta. Eu só queria que chegasse um e-mail seu. Ou melhor: que você chegasse ao vivo. E que você me trouxesse aqui a sua barriga, a sua nuca, a parte mais branca das sua coxas, a sua cara de bravo até pra sentir prazer e o seu cheiro de cigarro com amaciante. Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega.
Meu jornal me diz que a Record comeu uma boa parte do share. E eu querendo comer você. Minha revista me diz que a Petrobrás comprou a Ipiranga. E eu querendo te trazer numa sacola e te usar dos pés à cabeça. A internet me diz que a crise aérea não tem solução. E essa minha saudade de você? Será que tem? Não, o segundo casamento não é uma praga papa, praga é sentir isso. Praga é acumular jornais, revistas, livros e papelada. Tudo sem ler. Tudo sem sentir. Porque me jogar pelos cantos e suspirar você é só o que eu consigo fazer.
Aí eu tomo um banho bem quente, pra te espantar da minha pele. E canto bem alto, pra te espantar da minha alma. E escovo minha lingua bem forte, pra separar seu gosto do meu. E quase vomito, pra parir você do meu fígado. E tento ser prática e parar de suspirar. E tento abrir a geladeira sem me perguntar o que eu poderia comprar pra te agradar. E tento me vestir sem carregar a esperança de esbarrar com você por aí. E tento ouvir uma música sem lembrar que você gosta de se esfregar de lado em mim. E tento colocar uma simples calcinha e não uma bala perdida pronta pra acertar você. E tento ser só eu, simplesmente eu, novamente, sem esse morador pentelho que resolveu acampar em mim. E nada disso adianta. E o esforço pra não fazer nada disso já é fazer tudo isso.
E eu escrevo um parágrafo e corro pra ver se tem e-mail. E eu escrevo uma linha e corro pra ver se tem mensagem de texto. E eu não escrevo nada e também não corro, apenas deixo você chegar aqui do meu lado, em pensamento. E me pego sorrindo, sozinha. E me pego nem aí para todo o resto.
Mas sabe o que acontece enquanto isso? Enquanto eu não me movo porque estou lotada de você e me mover pesa demais? O mundo acontece. O mundo gira. As pessoas importantes assinam contratos, ganham dinheiro. As pessoas simples lutam por um lugar na condução, um lugar no mundo. Estão todos lutando. Estão todos ganhando dinheiro. Estão todos fazendo algo mais importante e mais maduro do que suspirar como uma idiota e só pensar em você.
Eu tenho muita inveja dessas pessoas maravilhosas, adultas, evoluídas e espertas que conseguem separar a hora de ir a uma reunião de condomínio com a hora de desejar alguém na escada do condomínio. A hora de marcar o dentista com a hora de engolir alguém. A hora de procurar a palavra “macambúzio” no dicionário com a hora de se perder com as suas palavras que de tão simples parecem complexas. A hora de ser inteira e a hora de catar meus pedaços pelo mundo enquanto você dá sinais desmembrados.
Eu não consigo nada disso, eu me embanano toda, misturo tudo, bagunço tudo. A minha única dúvida é se sou a única idiota a fazer isso comigo ou se sou a única idiota a admitir que faço isso comigo.

Tati Bernardi é.. a escritora que representa meu lado revoltada. e independente. e moderno. e ainda assim, tão carente.
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

E se ?

E se você jogasse tudo pro alto? Se mudasse os planos, se descobrisse que a resposta que você tanto procurava estava bem ali na sua frente e você batendo cabeça? E se percebesse que tudo que você sempre planejou aconteceu e você não está tão feliz? Se começasse a se perguntar se vale a pena levar uma vida tão séria se tudo vai acabar mesmo? E se quisesse escrever uma nova história, trilhar um novo caminho, teria coragem de mudar o rumo? E se deixássemos de viver na comodidade, com aquele velho espirito da rotina, pra viver o que sonhamos quando crianças? E se você questionasse se o que faz é realmente o que quer ou o que lhe dizem que deve ser feito, você surtaria? E se resolvesse ser feliz do jeito que bem entendesse, quantas pessoas ficariam do seu lado? Talvez a gente nunca saiba.

Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias. 
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