quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O primeiro mês (com você)


Sou do tipo de garota que vive falando de amor. Como dizem, ro-mân-ti-ca. Escrevo sobre esse tal sentimento louco pelo menos uma vez por dia. Mas nem sempre tudo é tão lindo e concreto como parece na maioria dos meus textos. Confesso que nos últimos meses andei desacreditando das minhas próprias teorias. Voltei atrás e segui em frente tantas vezes que até perdi a conta. Minhas amigas nem devem mais me levar a sério. Meus desabafos eram tão contraditórios que em alguns momentos, até eu duvidei de mim mesma. Aquela maldita sensação de fragilidade me tornou tão vulnerável e indecisa nos primeiros meses. Bastava meia dúzia de palavras ou sei lá, um filme desses de comédia romântica com final feliz, e lá estava eu olhando pela janela e desejando que Deus colocasse alguém na minha vida. Alguém que eu pudesse confiar de verdade, apesar da minha mãe dizer que só podemos sentir isso por membros da família.
Eu não queria mais um cara perfeito. Aliás, minha experiência com caras assim foi totalmente frustrante. Dos que conheci, ou eram gays ou eram ocos. Nada contra garotos assim, mas é que meu coração além de besta é exigente. Não queria ter que passar por essa fase de amores platônicos aos 18 anos. Dos problemas da minha nova vida, já me bastam os que aparecem a cada minuto na caixa de entrada do Gmail.
Meu sonho de consumo era alguém que se importasse de verdade. Simples assim. Depois de tanto embarcar e desembarcar por aí, conhecer e conversar com pessoas completamente diferentes, percebi que meu amor não dá a mínima para estereótipos e opiniões alheias. O cara que me ganhou, aos pouquinhos, é um garoto mais novo que veio por coincidência, do mesmo lugar que eu: da terra dos que sonham alto e bem cedo. É você.
Demoramos alguns meses para compreender. Duvidei dos meus sentimentos e fiz promessas que foram quebradas com um simples apertar de botão do teclado. Virei madrugadas e bati meu próprio recorde em duração de chamada telefônica. Disse aquelas palavras e logo depois da sua atitude infantil, deixei o tempo me guiar e até me escondi no passado. Perdi (ou será que joguei fora?) o mapa e andei em círculos até perceber que não tem como driblar o destino.
Nos últimos meses as coisas mudaram. Você mudou. Sinto orgulho por fazer parte disso, e como você mesmo já disse, ser uma das grandes causas. Acredito que lá na frente, juntos ou separados, vamos nos lembrar com muito carinho dessa época. Quando desconhecíamos essa cidade cinza. Quando nos conhecemos de verdade. Com defeitos, manias e lembranças. Como amigos, como namorados, como amantes. Eu tenho mil motivos para te achar o cara mais idiota do mundo (quando você está com sono ou no meio de desconhecidos ainda mais que isso), mas cada vez que te vejo, sinto que sua presença se torna fundamental para um dia realmente feliz e inesquecível.
É isso. Obrigada por tudo que você tem me ensinado. Sobre a vida, sobre internet, sobre o amor. Obrigada também por me deixar te ensinar tanta coisa. Meus sonhos e certezas, quando compartilhados com você, se tornaram ainda mais reais. Feliz um mês de namoro.


Bruna Vieira, e como eu vou estar daqui a algum tempo =)
Postado por Paula Lopes

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