terça-feira, 30 de outubro de 2012

26 coisas que todo homem deveria saber


Estou apenas encantada com o blog Casal Sem Vergonha, com textos descontraídos e leves, você navega horas e horas e aprende muito..

1- Mulheres que mostram demais o corpo provavelmente o fazem porque não têm mais nada de interessante pra mostrar. Se quiser investir mesmo assim, esteja ciente das consequências.
2- Seu carro não é a extensão do seu pinto. Só homens limitados acreditam no contrário.
3- Você PRECISA aprender a fazer sexo oral nas mulheres. Na dúvida, treine comendo danoninho sem colher.
4- Ligue no dia seguinte ou pelo menos envie um SMS. Sempre que for esnobar uma mulher, pense que ela poderia ser a sua irmã.
5- Atitude é o que diferencia um homem interessante de um homem medíocre.
6- Na dúvida, chegue nela. Melhor lidar com um fora do que com o fracasso de nem ter tentado.
7- Não existe essa de dar só uma entradinha sem camisinha. Pintos não têm ombro – entrou a cabeça o resto automaticamente vai junto.
8- Falando nisso, você não achou seu pinto na lata de lixo. Nunca se sinta obrigado a transar com uma mulher que não vale a pena só pra provar sua masculinidade.
9- Nunca dê um presente para uma mulher sem cartão. Ele perde 80% da graça.
10- Na dúvida, calça jeans e camiseta branca. Elas adoram.
11- Aprenda a cozinhar algo além de ovo frito. Mulheres adoram perceber que o homem gastou seu tempo preparando algo especial para elas.
12- Assim que perceber que uma mulher está fazendo charminho, fuja. Você está se livrando com antecedência de uma mulher manipuladora.
13- Se perceber que ela está com TPM não tente entendê-la. Vá pra cozinha fazer um brigadeiro e espere ela voltar ao normal.
14- Seja observador. Mulheres adoram indiretas.
15- Se tiver que escolher entre um ursinho de pelúcia ou um buquê de flores, opte por um par de sapatos.
16- Pague a conta no primeiro encontro. Não é sua obrigação, mas demonstra gentileza.
17- Desconfie de mulheres que não aceitam rachar a conta do motel. Elas, indiretamente, estão querendo que você pague para comê-las.
18- Não espere que ela peça carinho. Se adiante e faça primeiro.
19- Se tiver que optar entre malhar o corpo ou o cérebro, nunca questione – opte sempre pelo segundo.
20- Nunca goze antes dela.
21- Somente homens ruins de cama acham que sabem tudo sobre sexo. Não seja um deles.
22- Aprenda a arte de elogiar. Se você não disser que a achou linda hoje, ela nunca vai saber.
23- Nunca seja irresponsável com o sentimento de outra pessoa. Tudo o que você faz volta em dobro, como um boomerang que te acerta em cheio na cabeça.
24- Pegue-a com vontade. Beije-a com vontade. Coisas mornas não valem a pena.
25- Se sua mulher não souber fazer um bom boquete, ensine-a. Jamais se conforme em não ter direito a esse prazer na vida.
26- Aprenda de uma vez por todas que qualidade é infinitamente melhor do que quantidade. Lembre-se disso da próxima vez em que encher a boca pra contar pros seus amigos “quantas minas pegou na balada”.
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Conselho aos desesperados por um par: continuem sozinhos


A vida é realmente muito melhor com companhia. Mas, aqui vem a regra de ouro – tem que ser com a companhia certa. O mundo está cheio de gente desesperada para namorar, casar, noivar, ou para conseguir um cobertor de orelha qualquer que o aqueça neste inverno. E está cheio de gente frustrada, reclamando aos quatro ventos que não serve para essa coisa de relacionamentos.
Bem se vê que não serve mesmo, já que saiu por aí escolhendo qualquer um. Aí vai uma dica. A modernidade trouxe um montão de coisas bacanas para gente. Eu não saio de casa sem meu celular, consigo encontrar qualquer endereço fazendo uso de um GPS, e falo com amigos em outro continente sem pagar nada em ligações pela internet. Mas eu diria que, no mundo dos relacionamentos, o grande avanço da modernidade foi a tal da ficada.
Quando eu tinha lá pelos 12 anos, surgiu essa coisa nova chamada Ficar. Pais tremiam na base, professores não sabiam o que era direito e, na dúvida, era melhor não incentivar. Mas que grande ganho para a humanidade! A partir daquele momento, o namoro não era mais o momento em que você conhecia uma pessoa para ver se ela servia ou não. Até porque, apresentar para os pais, os amigos, para os contatos do Facebook, sem nem saber direito se a pessoa vale a pena ou não? Hoje parece estranho, mas era o normal da época em que namoro era dar as mãos no sofá com a supervisão do pai na sala de estar da casa dela.
Agora, a vida não é mais tão complicada assim. Na maioria das vezes, a palavra namoro só aparece tempos depois do primeiro beijo. Por isso que eu não entendo quanta gente abre seu coração, entrega a vida, namora e faz planos, com quem não merece. E pior: com quem é descaradamente a pessoa errada para o indivíduo confuso em questão. Todo mundo aqui já passou pela situação de conhecer o namorado/namorada do amigo e pensar na hora: Mas como esses dois foram achar que combinam? Pois é culpa daquele velho desespero.
Na nossa sociedade, aquela mesma que promoveu o Ficar lá atrás, ser sozinho é sinônimo de ser fracassado. Chega aquele churrasco de comemoração de dez anos do seu colegial. Imagine a cena: todos os seus amigos casados, metade deles com filhos, carreiras brilhantes, tudo definido e você sozinho? Soa mal, soa bem mal. Mas não tem que ser assim. Afinal de contas, sua vida é pra você, e, como diziam nossas mães, ninguém paga suas contas.
Portanto, aqui vai minha grande sugestão para os corações solitários à busca de um amor. Continue sozinho. Tire um ano sabático de sua vida amorosa. Continue solitário assim até achar alguém que mereça fazer com que você desista disso. A vida de solteiro tem suas vantagens, e a maior de todas é que o mundo todo está aberto em uma grande possibilidade bem diante dos seus olhos. Tem algo de mágico em imaginar que a próxima esquina pode ser o lugar onde você vai conhecer a mulher ou o homem dos seus sonhos, e viver aquela grande aventura com que todo mundo, lá no fundo, fantasia. Só não saia distribuindo passagens por aí e depois reclame que a viagem não foi grande coisa. O meu mundo não é lotação, é área VIP.

Vana Medeiros
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Será que sou a única idiota do mundo?


Olho para a pilha de papéis que devo ler e anotar em vermelho e penso: caguei. Preferia umas cem vezes te ver saindo do banho novamente, limpo de mim. Pronto pra se sujar de mim novamente. Aí olho para essa pilha de livros que ensinam a roteirizar e penso: grande merda. Prefiria repassar pela milésima vez o roteiro que começa com você me beijando mais intenso, evolui pra você me beijando mais pra baixo e termina com você me beijando já sem forças.
Daqui a quarenta minutos chega o Paulão, meu personal. Mas eu olho para a minha roupinha de ginástica esticadinha em cima da cama e penso: foda-se. Preferia ouvir você dizendo de novo: vai, é sua vez de malhar. Preferia me irritar de novo com a sua preguiça de ficar em cima.
Chegou um e-mail com a programação completa do meu curso de yoga. Chegou outro com uma planilha de Excel cheia de datas que eu devo cumprir. Chegou outro com a mais nova modalidade de assalto na Henrique Schaumann. Grande bosta. Eu só queria que chegasse um e-mail seu. Ou melhor: que você chegasse ao vivo. E que você me trouxesse aqui a sua barriga, a sua nuca, a parte mais branca das sua coxas, a sua cara de bravo até pra sentir prazer e o seu cheiro de cigarro com amaciante. Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega.
Meu jornal me diz que a Record comeu uma boa parte do share. E eu querendo comer você. Minha revista me diz que a Petrobrás comprou a Ipiranga. E eu querendo te trazer numa sacola e te usar dos pés à cabeça. A internet me diz que a crise aérea não tem solução. E essa minha saudade de você? Será que tem? Não, o segundo casamento não é uma praga papa, praga é sentir isso. Praga é acumular jornais, revistas, livros e papelada. Tudo sem ler. Tudo sem sentir. Porque me jogar pelos cantos e suspirar você é só o que eu consigo fazer.
Aí eu tomo um banho bem quente, pra te espantar da minha pele. E canto bem alto, pra te espantar da minha alma. E escovo minha lingua bem forte, pra separar seu gosto do meu. E quase vomito, pra parir você do meu fígado. E tento ser prática e parar de suspirar. E tento abrir a geladeira sem me perguntar o que eu poderia comprar pra te agradar. E tento me vestir sem carregar a esperança de esbarrar com você por aí. E tento ouvir uma música sem lembrar que você gosta de se esfregar de lado em mim. E tento colocar uma simples calcinha e não uma bala perdida pronta pra acertar você. E tento ser só eu, simplesmente eu, novamente, sem esse morador pentelho que resolveu acampar em mim. E nada disso adianta. E o esforço pra não fazer nada disso já é fazer tudo isso.
E eu escrevo um parágrafo e corro pra ver se tem e-mail. E eu escrevo uma linha e corro pra ver se tem mensagem de texto. E eu não escrevo nada e também não corro, apenas deixo você chegar aqui do meu lado, em pensamento. E me pego sorrindo, sozinha. E me pego nem aí para todo o resto.
Mas sabe o que acontece enquanto isso? Enquanto eu não me movo porque estou lotada de você e me mover pesa demais? O mundo acontece. O mundo gira. As pessoas importantes assinam contratos, ganham dinheiro. As pessoas simples lutam por um lugar na condução, um lugar no mundo. Estão todos lutando. Estão todos ganhando dinheiro. Estão todos fazendo algo mais importante e mais maduro do que suspirar como uma idiota e só pensar em você.
Eu tenho muita inveja dessas pessoas maravilhosas, adultas, evoluídas e espertas que conseguem separar a hora de ir a uma reunião de condomínio com a hora de desejar alguém na escada do condomínio. A hora de marcar o dentista com a hora de engolir alguém. A hora de procurar a palavra “macambúzio” no dicionário com a hora de se perder com as suas palavras que de tão simples parecem complexas. A hora de ser inteira e a hora de catar meus pedaços pelo mundo enquanto você dá sinais desmembrados.
Eu não consigo nada disso, eu me embanano toda, misturo tudo, bagunço tudo. A minha única dúvida é se sou a única idiota a fazer isso comigo ou se sou a única idiota a admitir que faço isso comigo.

Tati Bernardi é.. a escritora que representa meu lado revoltada. e independente. e moderno. e ainda assim, tão carente.
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

E se ?

E se você jogasse tudo pro alto? Se mudasse os planos, se descobrisse que a resposta que você tanto procurava estava bem ali na sua frente e você batendo cabeça? E se percebesse que tudo que você sempre planejou aconteceu e você não está tão feliz? Se começasse a se perguntar se vale a pena levar uma vida tão séria se tudo vai acabar mesmo? E se quisesse escrever uma nova história, trilhar um novo caminho, teria coragem de mudar o rumo? E se deixássemos de viver na comodidade, com aquele velho espirito da rotina, pra viver o que sonhamos quando crianças? E se você questionasse se o que faz é realmente o que quer ou o que lhe dizem que deve ser feito, você surtaria? E se resolvesse ser feliz do jeito que bem entendesse, quantas pessoas ficariam do seu lado? Talvez a gente nunca saiba.

Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias. 
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O amor chega em uma hora

Daqui a uma hora ele chega. Não deu tempo de consertar o esfolado da minha unha e de esfoliar decentemente os pêlos encravados. Esfolado, esfoliado. Tudo parece música e rima mas é só porque você chega em uma hora. Tem um carro que passa lá longe, enquanto eu tento abrir os olhos e encarar esse dia em que você chega. Esse carro não sabe, mas foram mil anos abrindo os olhos e ouvindo carros e ouvindo ruas e não ouvindo a sua voz. E agora a sua voz existe e você chega em uma hora. Não estou pronta. Minha barriga dói. Eu tenho vontade de vomitar. Eu não consigo comer de tanto medo que eu estou sentindo. Eu quase desmaiei agora de manhã, porque pra piorar está calor. Não lido bem com calor. Não lido bem com nada que não seja eu em minha bolha arejada de imaginações. Mentira, não lido bem com minha bolha arejada de imaginações também. Não lido bem com nada. Não deu tempo de virar mulher. A hora que ele aparecer no desembarque do aeroporto, com sua cara de homem, com sua voz de homem, eu vou ter vontade de pedir que ele volte de onde veio e espere mais cem anos. Porque não deu tempo de eu virar mulher. Eu vou ter vontade de pedir que ele me carregue no colo até a casa da minha mãe e me entregue pra ela. Eu queria tomar sopa na casa da minha mãe. Eu lembrei agora que minha mãe me dava Sustagem quando eu ficava assim, tão assustadoramente encantada pelo mistério das coisas. E ela temia que eu desintegrasse. E agora? Como faz quando se é adulta? Qual é a sustagem de agora para que eu não desintegre? Como é que se ama com um corpo de trinta e três anos se por dentro eu tenho cinco anos e estou tremendo, apavorada, pressentindo o estrago que as coisas de verdade podem causar. Por que eu chamo de estrago quando sei que, na verdade, estrago é o que as coisas que não são de verdade causam. Eu tenho tamanho pra suportar o tamanho das coisas de verdade? 
O amor chega em uma hora e eu ainda não consegui comer, escolher a roupa, arrumar minha franja, decidir se já posso amar. O amor chega em uma hora e vai quebrar meu gesso mas eu não decidi se os ossos já estão bons o suficiente. Mas ele vai chegar com trinta martelos e eu vou estar esperando, forte e decidida, pra receber a porrada. E o ar que vai entrar. E mais dor. E o ar que vai entrar. E quem sabe então alguma felicidade, já que fui corajosa. Quem sabe a felicidade seja a harmonia entre a dor e o ar que entram pelos poros que temos coragem de abrir? E quem sabe só o amor seja o martelo possível?
Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser. Agora é menos de uma hora. Você vai chegar e automaticamente minha agenda de milhares de regras e horários e controles vai desaparecer. E eu vou ficar apavorada porque só o que eu tenho é o contorno mentiroso que eu dou para os meus dias. E você, porque me abraça e me dá outro desenho, é o vilão da minha vida programada. Você é o tufão de oxigênio que invade meu nariz mas, porque estou com tanto medo, mais parece falta de ar. Agora é menos de menos de uma hora. Preciso terminar esse texto. Mas eu tenho medo, sobretudo, de terminar esse texto. Sobre o que eu vou escrever se você for melhor do que esperar por você?

Tati Bernardi

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monólogo

"Estão soltando lanternas no céu, você acredita nisso ? Lanternas japonesas são símbolos para se desprender do passado. Outra novidade... Não somo japoneses, oh! Sabe o que eles são ? Crianças. Como se acender uma vela fizesse tudo ficar bem. Ou fazer uma oração, ou fingir que Elena não vai acabar como o resto de nós, vampiros assassinos. Crianças estúpidas iludidas e irritantes. Sei o que irá dizer: "faça eles se sentirem melhor, Damon" E daí ? Por quanto tempo ? Um minuto? Um dia ? Que diferença isso faz ? Porque no fim, quando perdemos alguém, toda vela toda oração, não compensarão o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida onde aquela pessoa que você amava costumava estar. E uma pedra... Com a data de nascimento gravada que tenho quase certeza que está errada.  Então, obrigada amigo. Obrigada por me deixar aqui de babá. Porque eu deveria estar bem longe daqui, agora. Não consegui a garota. Se lembra ? Estou preso aqui, lutando com meu irmão e cuidando das crianças. Você me deve muito."



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terça-feira, 23 de outubro de 2012

hoje é dia de RED bebê


 
"Eu escolhi o nome 'Red' pois essa cor simboliza as tumultuosas e loucas aventuras e perdas que o amor traz consigo. Eu penso que quando você se apaixona, tudo passa tão rápido e fica tão fora de controle que acaba misturando paixão, ciúme, frustração, falta de comunicação e vários outros sentimentos… em análise, todos eles me parecem vermelhos."
—Taylor Swift explicando o título do álbum durante o webchat do dia 13 de agosto.
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domingo, 21 de outubro de 2012

As verdades que nem sempre a gente diz

Eu não sou quem você pensa. Sou orgulhosa, exibida, não sei dizer não, detesto passar roupa, não lavo a louça no dia em que faço as unhas, tenho preguiça de gente lenta, penso sem parar, engato um assunto no outro, vivo com as pernas roxas, pois sou estabanada. Detesto pimentão, abacate, arroz doce e tomate seco. 

Gosto de abraçar apertado, beijar estalado, olhar no fundo do olho até desvendar a pessoa por inteiro. Já me enganei muito com as pessoas, já menti, já falei o que não devia, já meti os pés pelas mãos, já fui imatura e sem noção. Já saí na rua de cabelo sujo, unha descascada e perna cabeluda. Já tentei ser uma super mulher e desisti dez segundos depois. Já tentei seduzir e fazer jogo, mas não combina comigo, meus olhos sempre me entregam e eu começo a rir quando faço tipo. Nunca usei ninguém e detesto ser usada. Nunca traí nem fui desleal, palavra pra mim é coisa séria. 

Meu lado criança acha que um dia vai mudar o mundo. Meu lado adulto também. Não jogo lixo na rua, mas não desligo a torneira enquanto esfrego um prato na pia. Prefiro cachorros, mas acho bonito o jeito que os gatos se movem. Adoro animais em geral, menos insetos e animais que são pegajosos. E não vou muito com a cara do passarinho que começa a cantar às três da manhã.

Já plantei árvore, já escrevi livros e quero ter um filho. Antigamente, queria dois ou três. Hoje acho que só quero um. Já gostei de pessoas e elas já gostaram de mim. Já iludi pessoas para deixar o meu ego de bem com a vida. Sim, eu sei que isso é horrível, mas eu tinha vinte anos e naquela época me achava a rainha da cocada preta. Já fui iludida por pessoas que queriam deixar seus egos de bem com a vida. É, o mundo gira e a gente sempre leva o troco.

Adoro chorar em filmes. E já fiquei me olhando no espelho enquanto chorava. Treinei tanto que hoje posso afirmar que choro bonito. Já passei trote, já apertei na campainha e saí correndo, já enchi de desaforo pessoas que não mereciam. 

Detesto perder quando estou jogando cartas ou qualquer outro jogo. E se perco mais de uma vez seguida sinto vontade de parar de jogar. É, eu não sei perder, confesso. Não gosto quando alguém não gosta de mim. Não gosto quando falam mal de mim. Não gosto quando sou criticada. Mas aprendi a lidar com isso, hoje procuro estar com minha consciência tranquila. E entendo perfeitamente que é impossível agradar a todos. 

É claro que é bom ser amada. Quem não gosta de um confete e serpentina? Mas prefiro sinceridade. Prefiro que você diga que não gosta de mim do que vir aqui, sorrir um sorriso quase sincero, virar as costas e falar mal. 

Nasci pra ser livre, mas preciso saber pra onde voltar. Gosto do meu aconchego, meu porto-seguro, minha paz. E encontro tudo isso na minha família. Descobri que o amor só vem quando a gente começa a curtir a própria companhia, afinal, para se entregar para alguém é preciso saber exatamente quem você é (e ainda assim ser feliz).


Clarissa Corrêa
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

oi oi oi


final de novela/série/filme sempre me deixa com um aperto no coração e uma sensação de tristeza. há muito tempo eu não gostava de uma novela como eu gostei dessa. não assisti todos os capítulos, mas sempre acompanhei. histórias de amor como a da Nina com o Jorginho me deixam com a esperança de que isso ainda vai acontecer comigo. os abraços tão carinhosos e cheios de ternura e com tudo de bom do mundo que os dois deram ao longo da novela, só não ganho dos abraços da Elena com o Stefan. como não poderia deixar de falar de tvd [também conhecido como minha vida rs] o Jorginho tem aquele lado Stefan que respeita as escolhas da Elena e ama ela acima de tudo, mas ele também é um Damon. e acho que o elenco povão/xepa/pobre/farofeiros me lembra minha realidade. e que rir alto pode ser uma das coisas mais simples e melhores dessa vida. e aprendi que o mundo dá mais voltas do que qualquer um de nós possa imaginar. e viva a vida e a capacidade de surpreender. sou um pouco de cada personagem.




porque no fundo eu sempre vou continuar acreditando no amor de verdade.
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A garota que veio com passado

Engraçado. Você apareceu exatamente quando eu queria desaparecer. Eu te olhei de longe e achei que poderia ser um ótimo ponto final pra uma antiga história. Nós nos envolvemos e eu aos poucos fui te conhecendo. Decorando suas pintas e segredos. Seria hipocrisia dizer que não nos comparei com cada segundo do meu passado. Mas era diferente. Você realmente se importava com os detalhes. E isso era tão assustador que eu tinha vontade de ficar debaixo do edredom pra sempre brincando de fugir da realidade. Mas amanhecia e ela sempre voltava.

Naquela época eu estava quebrada no chão e você juntou aos poucos cada pedacinho da minha alma. Não criei expectativas. Fui deixando você me montar, me moldar, me abraçar. As pessoas diziam que nós fomos feitos um para o outro. Aquilo não fazia o menor sentido, mas eu adorava quando seu nome aparecia na tela do meu celular no meio da madrugada.

Ficar por perto era como dormir sem escovar os dentes. Eu gostava do risco, mas algo ainda me fazia voltar instantaneamente no tempo. Um aperto. Um espaço. Um voz. Um lugar dentro de mim onde você ainda não conseguia alcançar direito. Eu rezava para esses fantasmas pararem de me atormentar. Fechava os olhos e morria de medo de alguma coisa sair pela minha boca sem querer. Trocar os nomes e as datas.

Os dias foram se passando e cada vez eu me lembrava menos. Ainda me sentia a pior pessoa do mundo, mas acordar ao seu lado, enxergar o sol clareando o quarto pela manhã e ver o seu sorriso se aproximar da minha boca transformando-se em um beijo doce e demorado camuflava a culpa.

Lembra daquela vez que tinha certeza já ter te contado uma história secreta sobre minha infância? Não era você que tinha ouvido da primeira vez.

Porque diabos a ordem cronológica dos meus sentimentos nunca corresponde com a realidade? Queria poder dividir meu coração em dois. Tirar pra fora a parte infectada. Será que existe médico para isso? Inventaram o nome para essa doença? Tem cura? Eu venderia aquele colar com pedrinhas verdes que ganhei da minha mãe para pagar. Trocaria todas as coisas que posso guardar na gaveta da minha penteadeira por meia dúzia de certezas. Nem precisa tanto vai, por uma só.

Domingo passado estive frente a frente com o meu passado. Sinceramente não sei se estava pronta. Nossos olhos se cruzaram e por alguns minutos foi como se você nem tivesse existido. Queria ser Chronos. Foi tão difícil resistir e ouvir aquelas histórias. Eu poderia correr pra longe, mas fiquei ali, congelada, enfrentando o conjunto de moléculas que eu jurava ser o único que conseguiria me fazer feliz de verdade nessa vida. Quando as protagonistas dos filmes fazem isso parece tão mais fácil.

Eu achava que a álgebra era difícil. Que a prova final do terceiro ano de matemática tinha sido a coisa mais complicada que consegui resolver. Mas aí eu cresci e vi que certas questões em nossa existência exigem mais da gente do que algumas semanas de estudo. Colocar sentimentos e atitudes na balança não é tão simples, mas dessa vez o final da história foi diferente. Não voltei pra casa mais uma vez me sentindo uma idiota solitária que não sabe o que quer. Tudo por mim, por você, pelo que vem aí pela frente. Não vou deixar nossas vidas tomarem rumos opostos. Meu coração é estrábico, mas acho que conseguimos lidar com isso e com aquelas outras coisas que ainda vou te contar no caminho.

Bruna Vieira
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domingo, 14 de outubro de 2012

about how I'm feeling now. or always.



this night is sparkling, don't you let it go, I'm wonderstruck, blushing all the way home, I'll spend forever wondering if you knew.. this night is flawless, don't you let it go, I'm wonderstruck, dancing around all alone, I'll spend forever wondering if you knew, I was enchanted to meet you.. please don't be in love with someone else, please don't have somebody waiting on you.
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porque sal é fundamental

Você ama o meu jeito largado de ser, adora meus olhos sempre pintados de preto e vez ou outra confessa uma queda pelo meu cabelo cor de chiclete. Treme na base quando eu não fujo das suas indiretas e se diverte com as gírias do meu vocabulário. Acha incrível como eu sei conversar horas a fio sobre as bandas que você gosta, quando te venço no vídeo game, e falo dos livros que você leu. Fica extasiado quando eu não me troco por qualquer coisa, quando não mudo minha postura pra agradar ninguém e quando não tenho vergonha de assumir que eu sou mesmo assim, meio cara-de-pau, meio que distribui sorrisos. Diz que eu sou linda assim, muito mais que todas as suas amigas, mas eu suspeito. Adora meus papos de arte, meus sonhos de cair no mundo e adora me iludir que vai comigo, mas no fundo eu sei. Eu posso ser mesmo tudo isso aos seus olhos, mas no fim, na hora de andar lado a lado, de dar as mãos e apresentar nos almoços de família são elas que você prefere. Elas, as que não tem nada do que você tanto admira em mim. As que não sabem quem é Jimi Hendrix, Janis Joplin ou Eric Clapton, as que nunca viram uma tesoura de cabelo na vida, as que tem medo quando você liga de madrugada e que só sonham em ter uma família. As que você sempre diz que não possuem charme algum perto de mim. Eu sei, no fundo eu sempre soube. Mas quer saber? Talvez, eu que devesse ter vergonha de você. Porque um homem que esconde o que realmente quer, não é outra coisa que não motivo de vergonha. E no fim, talvez elas é que mereçam estar ao seu lado, alguém tão sem sal quanto. Antes sozinha do que amarrada a algum traste que não sabe o que quer.

Gabriella Chame é uma ruiva desvairada que escreve porque as amigas não aguentam mais ouvir tantas teorias. 

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A mulher independente.


Estava autografando meu livro na Feira quando uma senhora alta, elegante, já bem madura, chegou sorridente pra mim e disse: “Acho-te uma mulher fenomenal”. Eu, toda sorrisos, tomei o livro que ela tinha em mãos e me preparei para escrever uma dedicatória bem carinhosa. Ela então complementou: “Mas eu não queria ser casada contigo: tu és muito independente!”.

Concluí a dedicatória, agradeci a gentil presença dela, enquanto que meu coração começou a bater de forma mais lenta. “O que estou sentindo?”, perguntei a mim mesma, em silêncio. Tristeza, respondi a mim mesma, em silêncio, enquanto a próxima pessoa da fila se aproximava.

Em que eu seria mais independente do que qualquer outra mulher? Quase todas as que conheço trabalham, ganham seu próprio sustento, defendem suas opiniões e votam em seus próprios candidatos. Algumas não gostam de ir ao cinema sozinhas, já eu não me importo. Poucas moraram sozinhas antes de casar, eu morei. Quase nenhuma, que eu lembre, viajou sozinha, eu já. E nisso consta toda minha independência, o que não me parece suficiente para assustar ninguém.

Fico imaginando que essa tal “mulher independente”, aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.

Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.

Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: “Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem”.

Infelizmente, a ameaça que aquela senhora acredita que as independentes representam não é um pensamento arcaico: no aqui e agora ainda há quem acredite que ser um bibelô (ou fazer-se de) tem lá suas vantagens. Eu não vejo quais. Acredito que a independência feminina é estimulante, alegre, desafiadora, vital; enfim, uma qualidade que promove movimentação e avanço à sociedade como um todo e aos familiares e amigos em particular. “Eu preciso de você” talvez seja uma frase que os homens estejam escutando pouco de nós, e isso talvez lhes esteja fazendo falta. Por outro lado, nunca o “eu amo você” foi pronunciado com tanta verdade.

Martha Medeiros, e minha crônica preferida.
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I'll keep singing along




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