terça-feira, 20 de maio de 2014

Terça feira

Em uma terça feira de frio - interno e externo - você vai sentir falta do jeito que o sorriso dele te aquecia. E a partir desse detalhe, cada coisa vai parecer maior e mais melancólica do que costuma ser. Aquela música que tem a letra bonita vai fazer sentido. O perfume de um estranho que passa ao seu lado na rua e não te deixa esquecer que sempre vai ter esse vazio. Vazio do que foi e do que poderia ter sido. Do jeito que a gente ia se abraçar quando tivesse sido. O jeito que você me faz falta até quando estou com velhos amigos. As outras pessoas parecem sem conteúdo, com assuntos que não interessam e atitudes que provam que amor, amizade sem interesses e caráter estão cada vez mais raros. Mas o sinal acabou de abrir e eu tenho que seguir em frente (em todos os sentidos). Deixo pra lidar com esses sentimentos uma outra hora, quando eu tiver tempo.

0 comentários Postado por Paula Lopes
domingo, 11 de maio de 2014

Todos nós já passamos por isso

Nunca parar de me encantar pelas pequenas coisas. Acreditar que ainda existe amor, e é ele quem muda o mundo.
0 comentários Postado por Paula Lopes

Sou dessas

De poesias manchadas no guardanapo que interrompem bate-papo de bar. De foto três por quatro morando na carteira. De choro. De olho no olho. De amor à primeira vista. De gostar de abraços largos. De não dá-los. De vontades que explodem e preenchem o caminho de volta para casa. De madrugadas. De planos abertos pelo retrovisor do carro. De baixar a cabeça e fugir para o balcão. Uma cerveja e dois copos! De dedos costurados dentro de uma sala de cinema escura. De nuca. De nunca mais vou beber. De flerte no meio de trombadas. De meias palavras. De tudo escrito. De tudo acabado desta vez. De voltar atrás. De olhar de longe. De fingir que não viu. De mentir que não fuça. De declarações duras. De tapas leves. Que dizem verdades. De acreditar em vou aparecer mais. De não rasgar fotos. De escrever pessoas em uma bexiga de gás e olhar para o céu enquanto elas se apagam de mim. De cair na mesma história. De novo. Do mesmo jeito. De não prevenir nenhum desgosto. De passar a borracha em um número de telefone. De esquecer que passou. De contar que passou. E esquecer também que contou. De ligações no dia seguinte. De ligações perdidas. De propósito. De alôs mais gagos que convites. Ao vivo. De desligar o telefone e deixar o silêncio dialogar. E de atacar as reticências às páginas brancas. De me conhecer só assim, já que sou dessas que gostam de.

Priscila Nicolielo
0 comentários Postado por Paula Lopes