terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A.M.

Eu sonhei com você quase todas as noites essa semana
Quantos segredos você consegue guardar?
Porque há essa música que encontrei que me faz pensar em você de alguma forma e eu a coloco para repetir
Até eu dormir
Derramando bebidas no meu sofá
(Eu quero saber?)
Se esse sentimento é recíproco
(Triste te ver partir)
Eu meio que esperava que você ficasse
(Querida, nós dois sabemos)
Que as noites foram feitas, sobretudo, para dizer coisas que você não conseguirá dizer amanhã
Já pensou em ligar quando você tomou umas?
Porque eu sempre penso
Talvez eu esteja muito ocupado sendo seu para me apaixonar por um novo alguém
Mas eu não sei se você sente o mesmo que eu sinto
Mas nós poderíamos estar juntos, se você quisesse
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Segredos que eu tenho mantido em meu coração
São mais difíceis de esconder do que eu pensei
Talvez eu só queira ser seu
Eu quero ser seu, eu quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
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Eu fico louco, pois aqui não é onde eu quero estar
E satisfação parece com uma memória distante
E eu não consigo evitar
Tudo que eu quero ouvi-la dizer é: "Você é meu?"
Bem, você é minha?
Você é minha?
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E eu pensei que você poderia ser minha
Em um pequeno mundo, em uma noite de terça excepcionalmente chuvosa
No lugar e na hora certa
Quando os zeros se alinham a meia noite
Quando você sabe quem está ligando apesar do número esta bloqueado
Bem, você curou minha tristezas de janeiro
Sim, você fez tudo ficar bem
Eu tenho a impressão de que eu poderia ter acendido o fusível
Que você estava tentando não acender
Você era uma estranha na minha agenda telefônica, que eu estava agindo como se eu conhecesse
Porque eu não tinha nada a perder
Quando o inverno está em pleno andamento e seus sonhos simplesmente não estão se tornando realidade
Não é engraçado o que você vai fazer?
Você e eu poderíamos ter sido uma equipe
Cada um tinha uma metade de um assento de rei e rainha
Como o início da significação de ruas
Você poderia ser minha garota
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Ouvi dizer que você se apaixonou
Ou perto disso
Eu tenho que te dizer a verdade...
Quero agarrar ambos os seus ombros e sacudir, amor
Saia dessa (saia dessa)
Para sempre não é para todos
Para sempre é para você?
Soa como se acomodar ou desistir
Mas não soa muito como você, garota
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Eu não consigo explicar, mas eu quero tentar
Há essa imagem de você e eu
E ela vai dançando pela manhã
E à noite
Existem todos esses segredos que eu não consigo guardar
Como em meu coração, há aquela suíte de hotel
E você viveu lá por tanto tempo
É meio estranho agora que você se foi
Todos aqueles lugares que costumávamos ir
E eu suspeito que você já sabe
Mas aquele lugar na rua das lembranças continua o mesmo, mas algo nele mudou
Eu não tenho certeza se deveria te mostrar o que encontrei
Será que se foi pra sempre?
Ou será que está voltando?
E pensei que eu era seu para sempre
Talvez eu estivesse enganado
Mas ultimamente eu não consigo passar um dia inteiro
Sem pensar em você
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Ela é enlouquecedora certificada, sabendo muito bem que eu não
Eu poderia sugerir que a conheço de algum lugar apenas para fazer a bola rolar
Monólogos bêbados, confuso, porque
Não é como se eu estivesse apaixonado, eu só quero que você me faça bem
E parece que você poderia
Vamos lá, vamos lá, vamos lá antes que o momento passe
Hino de festa nº 1
O olhar do amor
O fluxo de sangue
O "ela está comigo"
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Trechos

Ele tinha tudo pra sufocar e não sufoca, me toca, me inspira e respira pra me botar no mundo de novo. Ele é aquela sacada genial que eu tive numa manhã de quinta-feira, é o meu bom humor e pode até falar pro meu chefe que a TPM não veio esse mês por causa dele. Porque ele tem dessas coisas de saber me adoçar mais que chocolate, e saber lidar com meu lado fera sem me dominar. - Entre Todas As Coisas

Saiba que obrigar alguém a nos amar é impossível, mas que dar bons motivos para que isso aconteça é algo perfeitamente cabível a nós e capaz de, com certezas, encher corações indecisos. - Casal Sem Vergonha

Cada um tem seu tempo e sua maneira de lidar com as emoções, mas algumas verdades são universais. Após cada noite, nasce um dia, e a intensidade do que sentimos hoje é diferente da que sentiremos amanhã. Sentimentos alimentados, bons ou ruins, acordam mais fortes. E sabe aquela frase ordinária “vai passar e você vai rir disso tudo”? Pois é, grandes chances de se concretizar. Então curte aí, com brigadeiro, cerveja ou trilha sonora do Leandro e Leonardo. Mas por fim, vire a página. Corações ancorados não veem o mar. - Casal Sem Vergonha


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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Do Amor


Fotografia impecável, Cícero e Caetano na trilha sonora, uma atuação encantadora de Armando Babaioff e Maria Flor e uma história tão simples quanto arrebatadora de corações: assim é a minha nova série queridinha, Do Amor. Basicamente, a série mostra como o amor de verdade afeta vidas de verdade com problemas de verdade. A capacidade que as personagens têm de se apaixonarem, o modo como se dá o desfecho de cada situação, a calma/tristeza/amor que é passado através das músicas e cenários, a profissão da Lulu (fotógrafa) e de Pio (escritor), o figurino e maquiagem, o modo como a amizade é transmitida para nós, a aceitação sem preconceitos de todos os tipos de amor e mais alguns infinitos itens me encantaram (procuro por outros adjetivos mas acabo voltando à esse rs). Acho que estamos tão acostumados a relações com atitudes automáticas, que, quando realmente enxergamos a simplicidade da vida nos apaixonamos. E os diálogos, tão sinceros que me fizeram chorar ou morrer de rir. Espero nunca perder essa pureza e a credibilidade que só o verdadeiro amor podem me proporcionar.











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Vários jeitos de se perder

"Numa madrugada com barulhinho de chuva e cheiro de saudade, uma aspirante a escritora, roedora insaciável de unhas e sonhadora jovem estava tentando entender os sentimentos e tudo o que lhe rodeia." O quão clichê essa cena é para você? Pois bem, assim (ou com menos fantasias) eu estou. Se um dia o gênio da lâmpada me desse a benção de realizar 1 desejo, o que eu iria pedir seria desejos infinitos. Mas meu segundo, e verdadeiro desejo, seria um entendimento sobre as coisas básicas da vida. Porque nós não podemos ter uma noção de que escolhas devemos ou não fazer? Se a pessoa que eu estou escolhendo para ficar ao meu lado é realmente a certa, ou se a outra pessoa tão impossível mas que ao mesmo tempo me faz sentir coisas tão inusitadas, será, no fim, a melhor opção? Ok, talvez sabendo o desfecho de algumas situações nós evitássemos erros que nos fariam crescer e blabla. Mas creio que essa economia de tempo/energia/sentimentos seria muito mais produtiva do que qualquer aprendizado. Ontem, fui dormir pensando que o fim de semana seria ótimo, em um lugar que eu me sinto bem, com amigas que me fazem felizes, comemorando o aniversário da minha mãe e com um companheiro inesquecível. Menos de 12 horas depois e: todos os planos desfeitos, e provavelmente o que seria tão bom vai ser apenas casa, filme, vazio e tristeza. Com tanta coisa se passando dentro da minha cabeça, ainda não decidi por qual delas começo e desabafo nesse texto que provavelmente ninguém vai ler, mas que tem como único e inalcançável objetivo me ajudar a entender o que se passa dentro de mim. Bom, acho que uma parte já foi: ter uma sabedoria prévia sobre determinados desfechos e evitá-los (ou vivê-los até que me matem). Não saber se o que acontece é um "aviso do destino" sobre o que escolher, ou se é apenas mais um empecilho que me guiará ao mais difícil e também mais recompensador, está me deixando insone e exausta. Sentir tudo, ultimamente, está me deixando exausta. Não culpo a terapeuta, nem os amigos, nem minha mãe. Esse fardo tem peso exclusivo sobre mim. Mas o que pesa mais é não conseguir me entregar totalmente à uma relação por pensar em como irá ser o seu fim. Se esse fim também irá acabar comigo, ou se vou superar rápido e já voltar a vida, ou se vou se vou me transformar numa pessoa sozinha e amarga. Até aqui, já me perdi, só que agora para fora. O que é indolor e insensato, comparando-se com se perder para dentro.
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Talvez

Quem sabe o motivo de eu não conseguir escolher quem eu quero seja saber que quem não for o escolhido, eu irei perder? Talvez eu só esteja dramatizando a situação ou me inspirando muito na situação Elena/Stefan/Damon, mas talvez eu realmente não esteja em um bom momento para perder mais ninguém. Minhas amigas indo pra faculdade, e eu vou ficar aqui. E espero de verdade superar todas as expectativas e estudar bastante, pra conseguir passar em uma boa faculdade no curso que eu quero e ir pra longe daqui e dessas pessoas de mente e sentimentos tão pequenos quanto mesquinhos, e eu acho que mereço mais que isso.
Anyway, nada vai ser como eu espero. Só espero que ainda seja surpreendida pra melhor. Talvez isso tudo seja importante ou talvez seja quase 4 da manhã de uma sexta que eu não estou totalmente sóbria.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Amadurecer é descer do salto


Dia desses, olhando fotos antigas e a minha velha pasta de músicas de cinco anos atrás, percebi o quanto eu cresci – é que o amadurecimento tem dessas, é mensurável pelas coisas mais simples.


Reparei no meu cabelo escovado no porta-retratos. No salto alto e na cara de sofrimento, provavelmente pelas dezenas de calos nos meus pobres pezinhos. Ou pela pose que tinha de ser mantida, por tudo o que me impedia de me exceder na bebida (ou, aliás, de me exceder em qualquer coisa que fosse). Talvez pelo cara bonito com quem eu não poderia puxar assunto, pois, eu precisava esperar ele vir me convidar pra dançar.
Quais eram, afinal, essas grades invisíveis que me aprisionavam? Que força horrenda mantinha meus pés dolorosamente equilibrados naqueles saltos 15? Pra quem eu precisava provar que eu era esguia, comportada e tinha absoluto autocontrole? Na verdade, eu não pensava sobre isso na época – e, mesmo se pensasse, provavelmente eu não encontraria essas respostas.
Mas, depois de muitos calos, eu as encontrei: É que chegamos a uma fase da vida em que não precisamos provar nada pra ninguém. É quando a gente escolhe, constantemente, as sapatilhas. É quando a gente se joga de cabeça sem medo de sair descabelada. É quando a gente não tem medo de perder, por que a gente entende que não há o que ser perdido. Não há nada em jogo além da felicidade. E como ser feliz quando não se é livre?
É claro que o salto alto é bem-vindo, porque, convenhamos, nos deixa absolutamente sexys como num passe de mágica. Mas, entre estar confortável e impressionar alguém, a gente não pode mais titubear na resposta. É preciso optar por si mesmo.
A gente olha pros lados e não procura um olhar de desejo ou de despeito – a gente procura um novo drink, um novo amigo, um novo livro, um novo lugar, uma nova música… A gente entende que o que os outros pensam ao nosso respeito não nos diz respeito.
E a gente entende, sobretudo, quanta beleza há em estar confortável. Na cara lavada, nos pés no chão, nas roupas menos justas (e não menos sexys), no corpo de quem se cuida sem esquecer – nem por um segundo – de ser feliz.
E que o que importa nessa vida é cuidar da gente e de quem cuida da gente. Que dá pra sair sem protetor solar de vez em quando. Dá pra assumir  o cabelo natural. Dá pra usar chinelo de dedo. Dá. Dá pra dar no primeiro encontro. Dá pra se exceder na bebida de vez em quando – ou quase sempre, por que não? Dá pra viver, reviver, começar tudo de novo. Dá pra amar, dá pra sonhar. Dá pra ser feliz.
Nathalí Macedo
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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sobre vazios, saudades e confusão

Mais uma madrugada que me pego sentindo esse vazio tão cheio de você. Esse vazio que tem o seu sorriso marrento, seu cheiro (que, eu juro por Deus, depois de uma semana, ainda consigo sentir em mim), seu cabelo bagunçadinho e o seu toque. Mais uma madrugada que eu fico imaginando como vai ser daqui pra frente, quando nós vamos dar errado e como vai ser o nosso fim. Tenho esse péssimo hábito de já começar qualquer coisa esperando pelo final.
Sempre que me imaginava escrevendo, em um blog ou em folhas alheias, prometia à mim mesma que não seria dessas pessoas que escrevem de forma tão dramática ou intensa. Mas não consigo ser de outro jeito, senão assim. Talvez escutar muitas músicas da Taylor, ou John Mayer, ou Pearl Jam, ou Arctic Monkeys me deixou tão esperançosa, na vida e no amor. Ou talvez sejam só minhas manias, e quanto mais lembro delas mais lembro de você implicando ou rindo disso. (Outra mania: relembrar nossas conversas e momentos, ouvindo A.M., e morrer de saudades suas).
Dizer que eu não espero por nada seria hipocrisia. Eu espero, sim, que tudo dê certo pra gente, que esse sentimento seja forte o suficiente pra superar os cento e tantos quilômetros e que, apesar de todos os apesares, nossa fé no amor seja maior que tudo o que houver.
Não consigo colocar em palavras o que estou sentindo. Quanto mais penso sobre essa situação, ou sobre você, ou sobre como vai ser tudo no futuro, mais e mais confusa eu fico. Mais um texto confuso, mas sincero pra você, continuo te esperando, de todas as formas.
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domingo, 5 de janeiro de 2014

Cartas Extraviadas

Como fã número 1 da Martha Medeiros, não poderia deixar de falar aqui sobre um dos melhores livros (na minha opinião) de sua carreira, e olha que nunca gostei de poemas ou coisas do tipo, mas o jeito como ela coloca os sentimentos pra fora, sendo em rimas, poemas, crônicas ou contos, fica digno de lágrimas e sorrisos ao ler. Bom, deixo aqui essa sugestão de leitura e abaixo algumas das melhores passagens desse livro extraordinário.

"saudade eu tenho do que não nos coube
lamento apenas o desconhecido 
daquilo que não deu tempo de repartir."

"eu diria do amor que o amor é reto
que o asfalto do amor acaba
mas o amor continua
desbravando o mato"

"um quase silêncio, o dia nublado
reflexo dos meus olhos em vidros embaçados
repentina clareza, vejo de ambos os lados
somos duas pessoas sentindo tudo errado"

"o adeus é parada cardíaca
que mata
o adeus é católico
ressuscita-nos
o adeus é sem beijos
gélido
o adeus é rápido
simplista
o adeus é reencontro
solitário
o adeus é festa 
do diabo
o adeus é básico
direto
o adeus é cúmplice
do tempo
o adeus é pra sempre"

"uma mordidinha para sentir o gosto
um cheirinho para sentir o perfume
um beijinho rápido, uma ilusãozinha
a quantos basta uma amostra grátis

não consigo molhar os pés apenas
eu mergulho e só paro quando me afogo
eu me queimo e só para quando derreto
eu me jogo e só paro quando me param
"

"quando dá tudo errado
visto uma camiseta e faço um rabo de cavalo
quando dá tudo errado
como pouco e tomo muita água
quando dá tudo errado
me masturbo e durmo até mais tarde
quando dá tudo errado
troco os lençóis
passo perfume francês
faço as unhas das mãos e dos pés
e dispenso penitência
já que não deu tudo certo
coloco um disco que gosto
escolho uns poemas que toquem
e os releio deitada no sofá
tudo errado que dá
é consciência"


"primeiro toco você ou
você me toca em janeiro?
janeiro será tarde demais
ou será mais verdadeiro?"

"há momentos em que nossos valores se rompem
certezas se estilhaçam como cristal
viram pó nossas absurdas convicções 
princípios só se justificam no final"

"um presente, o amor que acontece ao mesmo tempo
ele por ela, ela por ele, um pelo outro, vigilante
um amor em que ele a quer, ela o deseja, homem, mulher
um presente, o amor que resiste ao inconstante"

"desperto no escuro, ainda é cedo pra acreditar
que vai haver futuro e que vale a pena"

"do amor falou-se tudo e sigo e segues
entendendo quase nada, tudo é pouco diante
da incompreensão do que existe sem nome
será mesmo amor o nome disso que sinto e sentes?
disso que sinto e sentes falou-se tanto
e sigo desconhecendo bastante
de mim e de ti que sinto e sentes tudo isso
de que falamos tanto e perseguimos errantes"

"os sentimentos estão com fome e viciados"

"fartei-me de mim
sensibilidade demais
fadiga"

"foi um pequeno grande amor
daqueles que têm tamanhos para todos os lados
e só podem ser medidos por dentro"

"de novo esta breve pausa entre um amor e outro
terei dias de vento e noites de embriaguez pela frente"

"nunca mais
é a expressão que durará pra sempre"

"sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar


sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar

sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência"
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Things i wanted to say but never did


Inspirada nessa "lista de coisas que eu gostaria de dizer mas nunca disse", eu fiquei pensando nos itens que teriam na minha lista. Quantas vezes nós quisemos voltar no tempo e falar umas coisas que ficaram entaladas na garganta, não é mesmo? Às vezes um "vai se fuder" bem gritado pra uma pessoa que só te enganou, ou um "você é muito especial" pra outro que nunca vai saber disso, ou um simples "eu te amo" praquela amiga que está sempre ao seu lado. 
Mostrar que temos sentimentos, não é sinal de fraqueza, é sinal de que ainda estamos vivos. E francamente, antes nos decepcionar por dizer uma coisa e a resposta não ser recíproca, do que passar o resto da vida pensando "e se". 
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sábado, 4 de janeiro de 2014

Carta de despedida

Isso poderia ser um adeus cheio de lágrimas, mas não quero fazer drama em cima de uma coisa tão simples. Considere isso como uma carta de despedida que você nunca vai ler. Despedida de uma coisa que nem chegou a começar, porque tudo indica que vai dar errado. Logo eu, que sempre critiquei quem toma esse tipo de atitude, estou abrindo mão do que nem vivi ainda, não por medo do que possa acontecer, mas por não querer arriscar num relacionamento que só vai nos machucar. Nós tentamos. Quando um pensou em desistir, o outro estava lá pra lembrar de que valia a pena. Mas não vale mais. Isso não vai funcionar, independente do quanto nós quiséssemos que funcionasse. Eu gosto de você, e é justamente por isso que tenho que deixar você livre para conhecer alguém melhor que eu. Alguém que vai estar aí pra te abraçar e te dizer que vai ficar tudo bem. Daqui, eu não posso fazer nada senão lamentar. Não se preocupa, rapidinho você vai me esquecer, eu te prometo. Quando as coisas estiverem difíceis, me liga, eu vou continuar aqui pra você, só não posso ocupar um espaço no seu coração sem poder realmente estar nele. Quando entrar no meu instagram e ver fotos com alguém, não fica com ciúmes. Você teve, tem e sempre vai ter um lugar especial no meu coração. E quando sentir saudades, olha pras estrelas e lembra de quando a gente fazia isso, cada um da sua cidade, e parecia que de alguma forma nós ficávamos mais próximos. Não me esquece e nem se lembre de mim com rancor ou tristeza, pense em mim de uma forma boa, agora não era a nossa hora. No futuro, quem sabe? O amor pode existir em lugares que não existiram nada. Do meu jeito, eu te amei e sempre vou te amar, só não podemos ficar juntos. Adeus.
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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Sobre o peso dos amores que ficam

A gente nunca sabe como será o grande encontro. Pode ser que chova fininho e os cabelos levemente molhados desencadeiem uma troca de sorrisos embaixo de um mesmo guarda-chuva naquela esquina movimentada da cidade. Pode ser que o sol ardente queime as bochechas bem devagar, que é pra esconder o rubor do olho no olho. Talvez seja carnaval, dia santo ou um fim de semana aparentemente perdido num ano qualquer. Às vezes já se sabe no primeiro sorriso. Outras vezes a empatia demora um pouquinho pra se manifestar e só sai da toca depois dos primeiros indícios de reciprocidade. Pode ser que o metrô atrase, o carro quebre ou simplesmente você esteja 10 minutos adiantado para  tudo que decidiu fazer naquele dia. Quem sabe seja pra sempre, ou talvez, só talvez, dure o infinito de um breve segundo. Era ele. Era ela. Eram ambos. A verdade é que a gente nunca sabe o instante em que vai cruzar o caminho daquele (a) que vai marcar a nossa vida pra sempre. A pessoa que vai prevalecer na alma, mais do que na presença concreta. A referência emocional mais sólida ao longo de toda a nossa travessia. Sim, este é mais um texto sobre o maior clichê da humanidade: o amor. E se você não gosta de estar no lugar-comum, aconselho a deixar esta leitura de lado por aqui.
É que na vida a gente se apaixona milhares de vezes, revira os olhos outras tantas, perde o fôlego, o ar, o par em diversas ocasiões. Mas amor, amor mesmo, aquele de fazer doer o fundo do peito, esse não passa todo dia na janela de casa. Acho até que ele faz uma dança pelo salão, te tira para dançar e, se a melodia acaba junto com o compasso, ele sai pela portinha que entrou, deixando um vazio que só o tempo é capaz de preencher. Não estou falando de paixonites ou pequenos embaraços, mas sim daquela pessoa que vai modificar todo o seu conceito de amor e relacionamentos. O protagonista das lágrimas abafadas no travesseiro durante a noite que fazem a gente esmorecer feito o bicho mais acuado. A peça principal de um quebra-cabeça que muitas vezes perdeu diversos encaixes ao longo do caminho, restando apenas uma moldura abstrata de um quadro que tinha de tudo para ser perfeito. Gente que simplesmente fica. Fica na alma, na calma, na paz e no desassossego. Gente que se faz presente mesmo na mais absoluta ausência.
Ninguém passa pelas nossas vidas à toa. Algum objetivo maior o universo tem com essa bifurcação de caminhos. Não acredito em acaso. Acredito em troca, parceria, cumplicidade, merecimento. Sentimentos que criam vínculos, fundamentam histórias. Muitas vezes a lição é contínua e perdura por anos, em outras, a caminhada a dois chega ao fim muito antes do previsto, e o adeus deixa de ser despedida para se tornar recomeço. Recomeço de um amor que finda seu ciclo conjunto para se tornar morada de uma saudade. Essa pra mim é a real definição de amor dentre tantas que já foram feitas ao longo dos séculos. Amor é o que fica daquilo que não ficou. O que é verdadeiro dificilmente se vai – pelo contrário, vai relembrar sua permanência de forma nada discreta naquela manhã de segunda-feira, após uma visita até a padaria, onde aqueles olhares cheios de cumplicidade se cruzarão novamente. No melhor estilo filme mudo, em que se conhecem as falas independente da cena, tudo aquilo que estava adormecido despertará. O coração aperta, o silêncio ensurdece, mas cedo ou tarde as emoções retornam para suas respectivas “caixinhas”. Acreditem ou não, é a forma que o amor encontra de encerrar ciclos e se acomodar no coração de forma a não ser mais espinho, mas sim uma delicada flor.
A verdade inconveniente é que todo mundo tem um alguém particularmente especial que vai levar para sempre dentro do coração. Seja pela história, parceria, entrega ou até mesmo pela vírgula deixada no final de um parágrafo que merecia um ponto final. Amor mesmo, no grosso do sentimento, permanece enraizado nem que seja escondido debaixo de um monte de sentimento mal resolvido. Felizmente, a maior dádiva da vida é que ela continua. Você se depara com outros grandes encontros, pessoas, novas histórias e com outras facetas do amor que talvez você nunca chegasse a conhecer se não fosse toda a experiência transformadora que viver este sentimento proporciona.
Não existe nada sobre o amor que já não tenha sido dito, escrito, cantado, cifrado ou assinado em lágrimas. Acho até que se existisse um manual sobre isso, sobre tudo que aconteceria no decorrer e após a passagem do furacão, talvez fossem poucos os tripulantes desta embarcação sem rumo. Poucos os que conseguiriam suportar a calmaria após a doce tempestade. O segredo para continuar navegandoAprender a conviver de forma saudável com esse pedacinho de memória que pulsa no coração da gente. Se permitir vivenciar todas as fases desse sentimento para que a transição “passado-futuro” seja bem confortável. E amar sempre e muito, porque amor correspondido é o laço de fita que enfeita o presente, desata os nós, traz o sonho de um amanhã mais doce e guarda lembranças tão gostosas que terminam sempre na ponta solta de um sorriso sincero.

Danielle Daian
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Olhando Para Trás – Algumas Lições Que Eu Ensinaria Para A Adolescente Que Eu Fui

Ei, você aí, menina do vestido de chita rodado, flor nos cabelos, do anel de lua e estrela, que dança de pés no chão sentindo o orvalho da manhã beijar a grama do jardim. Aqui sou eu, sou você, somos nós, a mulher da saia lápis, dos cabelos recentemente moldados em cachos, do anel de lua e estrela, que caminha metodicamente pé ante pé em saltos agulhas que é pra tocar cada vez menos o chão da realidade. Eu só queria dizer que você vai mudar, o mundo vai mudar e as perspectivas vão mudar. Na verdade, as prioridades se invertem, e aquilo que antes era demasiadamente excruciante, hoje não faz nem cosquinha na alma da gente. Eu, você, as pessoas, os sentimentos, as situações, tudo está em constante mudança, e quando a gente é adolescente tudo parece mais rápido e abstrato do que realmente é. Quisera eu saber disso antes dos passos caminhados. Será preciso cair, levantar, tropeçar, escorregar, cair de novo, tentar mais uma vez e quantas forem necessárias para saciar aquilo que se costuma chamar viver. Terá anseio, receio, atino, desatino, terá bolo, haverá tempo. Ainda há, só que o carnaval dos hormônios joviais está agora fantasiado de experiência. O medo não deixa de ser medo, a ansiedade ainda se chama ansiedade. A abordagem que é agora é outra. E a travessia também.
Se eu pudesse dar um conselho a você, pequena menina confusa, perdida, do olhar cheio de resquícios daquilo que ela cuidadosamente chamaria de solidão, seria: respire. O mundo de fato não espera por você, mas você, sim, deve esperar pelo mundo. As coisas chegam prontas no momento exato em que são precisas, e não exatamente quando você quer. Nem toda dor é a maior do mundo e fatalmente tudo passa, mesmo quando o coração parece querer sair pela boca e retumbar por si só o tamanho daquela saudade. Não sofra antecipadamente. As pessoas, as situações, os sentimentos, nunca estão terminados. Dê espaço para algumas reticências, vírgulas e saiba entender um ponto final de coração tranquilo. Respire. Se quiser ir, vá. Nada no mundo é pior do que perder uma oportunidade que poderia mudar o rumo de tudo. O sentimento ainda estará lá quando você acordar, mas esfriar a cabeça antes de bater o pé impulsivamente aumenta em 90% as chances de uma escolha acertada ou, pelo menos, de um erro fundamentalmente coerente. Sim, errar conscientemente faz parte do processo, afinal de contas, foi graças a tantos tombos afobados e tropeços que mais pareciam quedas de abismos que hoje você é a mulher que se orgulha de ser. De nada adianta essa ansiedade e essa sede incontrolável de prever o amanhã, o depois, os próximos minutos. Tudo pode mudar no infinito de um segundo. O que me leva a outra questão: responda a mensagem, atenda ao telefone, chame pra sair, diga que gosta, que odeia, que sente, que precisa, diga qualquer coisa, para depois não se arrepender do seu silêncio. Respire. Comemore as vitórias, mesmo que sejam pequenas e delicadas. E, acredite, as pessoas que se importam permanecem, apesar de. Simples assim.
Hoje, refletidos no espelho da janela, as ruguinhas e o metabolismo não mais tão acelerado me abraçam delicadamente, na lembrança de que o tempo inevitavelmente passou. Mas aquele sorriso bom de quem carrega na bagagem pessoas, olhares, abraços, finais, recomeços e 27 anos de saudades muito bem vividas, esse permaneceu. Se eu tivesse a oportunidade de transmitir a você, essa minha versão imatura e inexperiente de alguns bons anos atrás, todas essas delicadezas que o tempo me ensinou, eu simplesmente me calaria. Saber mais sobre a vida, os caminhos, as escolhas, de fato me pouparia uma dose considerável de tempo e dor de cabeça. Contudo, tiraria de mim e de você a magia da metamorfose, o sentido de agora estar aqui respirando: viver. Meu conselho para essa lagarta adolescente em mutação dentro de cada um: desabroche borboleta e deixe suas próprias asas descobrirem o caminho tortuoso para o lado de fora. Desabroche e deixe suas frágeis asinhas te ensinarem a voar. Menina do vestido rodado e do anel de lua e estrela, faça tudo novo e de novo. Eu estou tirando os saltos e sentindo os beijos do universo numa dança que pode durar a vida inteira. Porque no fim, o que fica é o quanto aquilo nos fez sentir. E só.

Danielle Daian
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mais um texto para você

É incrível a capacidade que eu tenho de sentir. Sentir do jeito mais puro que existe, que chega a ser despido, sem maldade ou segundas intenções. Sentir uma felicidade plena sem a necessidade de grandes motivos. Sentir intensamente por saber que o momento é único, e por não saber quando será a próxima vez que nos veremos. Sentir porque sei que a vida é curta e as relações, menores ainda. Mesmo quando se quer que uma relação nunca acabe. Mesmo quando você se enxerga com a pessoa daqui a 10 anos. Pode parecer loucura, mas é tênue a linha entre sentimento e lucidez. Então, sinta o quanto conseguir. Pode ser que dê tudo errado e daqui a 10 anos eu não faça nem ideia de para quem eu escrevi isso? Sim, é claro. Mas pode ser também que o destino e nós dois estejamos em sintonia e queiramos sempre um ao outro. Pode ter sido coincidência você ter esbarrado em mim da primeira vez, ou eu ter te encontrado em meio a duas mil pessoas, ou até mesmo nosso gosto musical ser tão parecido. Mas a minha mão gosta de ficar bagunçando seu cabelo, e sua mão se encaixa na minha cintura, e isso eu não acho que seja coincidência.
Para nós, desejo nesse ano muita paciência e serenidade para entender que é complicado mas nós podemos fazer dar certo, todo o amor que houver, sorrisos que mostrem os dentes, fotos em que nós fiquemos apresentáveis. Desejo que a distância seja convertida em vontade de se querer sempre mais e mais perto, que a confiança seja mútua (e merecida), e desejo, acima de tudo, que a cada vez que nós nos encontremos a certeza de que estamos sentindo a coisa certa seja maior.
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2014

Depois do melhor reveillon da minha vida, de um primeiro dia do ano intercalado entre dormir e comer macarronada, de muitos pensamentos e quase nenhuma conclusão, me sinto pronta para escrever o que eu espero desse ano.
Amor. Em primeiro lugar, sublinhando, em negrito e fonte máxima. Sempre no topo de qualquer lista, o amor que faz o coração bater tão rápido e ao mesmo tempo parecer esquecer como se bate. Amor que te faz chorar de decepção e chorar de tanta felicidade. Amor que dá sentido às suas letras de músicas preferidas. Amor, sem justificativas, apenas amor.
Estudar. Ano de vestibular, todos os meus sonhos que só dependem de mim para se tornarem reais, e para isso precisa-se de meus estudos e esforços.
Ser feliz. Ok, o clichê dos clichês mas é o que eu mais quero não só pra esse ano, mas para o resto da minha vida. Ser feliz independente de status de relacionamento, de companhia ou de bens materiais.
No dia 31 de dezembro, pensar que tudo que eu fiz valeu a pena. E ter sempre muitas histórias para lembrar.

Apesar de todas as confusões sentimentais, NUNCA parar de sentir tudo. Isso me mantêm viva.
0 comentários Postado por Paula Lopes